Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Bernardina Santos Araújo de |
Orientador(a): |
AGUIAR, Márcia Angela da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4457
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Resumo: |
Este trabalho investiga as principais políticas de educação no Brasil, em Pernambuco e em Belo Jardim, entre 1995 e 2002, focalizando as relações de gênero nos documentos que as representam. Além disso, foram analisadas narrativas de gestoras, técnicas, professores e professoras das séries iniciais da rede municipal de ensino de Belo Jardim, tendo como foco as aproximações e entendimento destes e destas a respeito das referidas políticas. As elaborações teóricas de que são exemplos os trabalhos de Louro (2003), Scott (1990), Toscano (2000) e Viana e Umbehaum (2004) contribuem para a teorização que guia a construção do objeto e a análise dos dados. A análise documental contemplou leis, planos, programas e diretrizes para a (re)estruturação da política curricular de Belo Jardim. Procurou-se estabelecer um diálogo entre estes documentos e o seu contexto histórico. A relação entre os momentos históricos no período estudado e a expressão política dos documentos aponta para uma forte vinculação entre a configuração política da sociedade, os instrumentos de regulação social e suas repercussões nas micro dimensões do cotidiano. Dentre os documentos analisados, os Parâmetros Curriculares Nacionais -PCNs, no tema transversal Pluralidade Cultural e Orientação Sexual , foi o único apontando para a perspectiva de Gênero, embora o faça apenas a partir da discussão sobre a sexualidade. A análise das narrativas indicou a fragilidade da participação da rede municipal de ensino na construção das referidas políticas. Também indicou a insuficiência de processos formativos para a apropriação, por parte de educadores e das educadoras, das políticas, em geral, e dos PCNs, em particular. Disto resultou a permanência da cultura de velamento e discriminação de gênero percebidos nas falas dos entrevistados que recorrem, para o trato pedagógico da questão, a conhecimentos do senso comum. Finalmente, o estudo aponta que a construção de padrões democráticos numa determinada sociedade demanda a participação dos processos educativos no âmbito da escola. Isto pressupõe a adoção de políticas de educação que representem ferramentas políticas implicadas na cultura curricular das escolas |