Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
GOMES, Ana Klarissa Soares |
Orientador(a): |
AMORIM, Elba Lúcia Cavalcanti de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37669
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Resumo: |
A utilização de plantas como medicamento é provavelmente tão antigo quanto o aparecimento do próprio homem. A preocupação com a cura de doenças sempre se fez presente ao longo da história da humanidade. Dentre os produtos oriundos do metabolismo secundário dos vegetais de interesse da indústria farmacêutica, pode-se destacar as cumarinas, devido principalmente às propriedades bioativas atribuídas a esse grupo de metabólitos. O presente trabalho teve como objetivo quantificar o teor de cumarinas presentes na espécie vegetal Amburana cearensis (Fr. Allemão) A. C. Smith. A coleta das cascas foi realizada em uma área de Caatinga do estado de Pernambuco, localizada na zona rural de Altinho. As amostras foram submetidas a três métodos extrativos com etanol 80% e o teor de cumarinas foi quantificado pelo método de acetato de chumbo. Foi realizado um planejamento fatorial 3² do extrato das cascas de Amburana cearensis obtido pelo método de ultrassom para obtenção de níveis altos de cumarinas. Os resultados obtidos mostraram que o método de quantificação do metabólito desejado é linear com R² > 0,99, no efeito matriz as retas apresentaram o mesmo coeficiente angular. Para a seletividade, a varredura realizada em 200-400nm, região em que as cumarinas absorvem, a precisão por repetibilidade; teve desvios padrões inferiores a 5%, assim como a robustez. A exatidão foi avaliada por meio de ensaios de recuperação com os volumes de 125μL, 500μL e 1000μL. Os resultados mostram uma recuperação de 116,58%, 112,54% e 93,32%, respectivamente. Com base nos resultados, todos os parâmetros estão dentro dos limites estabelecidos pela RDC 166/2017. A escolha do método para otimização da extração foi baseada na viabilidade econômica do mesmo, sendo escolhido o extrato das cascas obtido por ultrassom com um teor de 46,86 ± 2,93 mg EC/g. No processo de planejamento, as variáveis que apresentaram influência na extração das cumarinas foram o teor alcoólico e tempo, enquanto que a proporção droga-solvente 1:20 g/mL foi mantida fixa, pois, proporcionou a obtenção de um teor considerável de cumarinas e foi estatisticamente significativa quando comparada às demais. A metodologia de superfície de resposta foi uma ferramenta útil para se obter a condição ótima de extração de cumarinas, sendo a mesma com um teor alcoólico de 99,8% de etanol, um tempo de extração de 40 minutos e uma proporção droga-solvente de 1:20 (g/mL). Os resultados encontrados mostram que o planejamento fatorial na realização de experimentos fitoquímicos apresenta-se como um instrumento eficaz para a otimização da extração. |