Otimização, caracterização e atividade biológica do biopigmento de Amycolatopsis sp. UFPEDA 3422

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Amanda Maria da
Orientador(a): LIMA, Gláucia Manoella de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biotecnologia Industrial
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38477
Resumo: Biopigmentos produzidos por micro-organismos são considerados uma alternativa aos pigmentos sintéticos para utilização em diversos setores industriais. As Actinobactérias são produtoras de uma variedade de pigmentos e o gênero Amycolatopsis, pertencente a este filo, representa um produtor potencial ainda pouco relatado. Desse modo, este trabalho teve por objetivo otimizar e caracterizar a produção de pigmento por Amycolatopsis sp. UFPEDA 3422 bem como avaliar a atividade biológica deste, a fim de verificar suas possíveis aplicações biotecnológicas. Na identificação do micro-organismo foram utilizadas análises morfológicas e biologia molecular (16S rRNA). Para produção do pigmento, o micro-organismo foi cultivado em fermentação submersa no meio de cultura Hickey-Tresner (HT), a 37º C,48 h. A otimização da produção foi realizada utilizando planejamento fatorial em três níveis de variação, com as variáveis: concentração carbono/ concentração de nitrogênio (6:1; 6:2; 6:3; 10:1; 10:2; 10:3; 14:1; 14:2 e 14:3) e agitação (120, 150 e 180 rpm). O pigmento foi extraído a partir da biomassa com adição de solvente acetato de etila (3:1 v/p) e analisado por espectro de luz UV. Com o pigmento obtido foram realizados ensaios de avaliação da atividade antimicrobiana, antioxidante, fitotóxica, citotóxica, e elucidação da estrutura química. O pigmento bruto extraído apresenta picos de absorção em 470 nm e 540 nm. A maior produção de pigmento (121,4 UA 540 nm e 134,65 UA 470 nm) foi obtida com 10 g de glicose, 3 g de triptona e 150 rpm. A maior concentração de biomassa obtida foi 56,4 g/L. Após a purificação foram obtidas duas frações do pigmento, uma vermelha (fração A) com pico de absorção em ~535 nm e ombro em ~500 nm e outra violácea enegrecida (fração B) com pico em ~550 nm. A fração A apresentou CMI de 250 μg/mL para Staphylococcus aureus e a fração B de 1000 μg/mL para Pseudomonas aeruginosa. As frações apresentaram EC50 (125 μg/mL) na atividade antioxidante total e demonstraram atividade antioxidante no método DPPH (2,2-difenil-1-picrylhydrazil), com EC50 de 1000 μg/mL (fração A) e 250 μg/mL (fração B). No ensaio ABTS (2,20-azino-bis ácido 3-ethylbenzthiazoline-6-sulfônico), a fração A apresentou percentual de remoção de 19,7% (500 μg/mL) e a fração B de 57,01% (1000 μg/mL). As frações A e B apresentaram baixo efeito fitotóxico em sementes de pepino e alface e não apresentaram citotoxicidade frente as linhagens celulares L929, Vero, HeLa, HT-29 e MCF-7 na concentração de 50 μg/mL. Os resultados sugerem a possibilidade de aplicação biotecnológica do pigmento produzido por Amycolatopsis sp. em diversas áreas de interesse comercial e podem subsidiar pesquisas futuras.