Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
GONÇALVES, Maria Eduarda Araújo |
Orientador(a): |
PEDROSA, Maria Isabel Patrício de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34442
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Resumo: |
O aumento da expectativa de vida da população no Brasil exige pensar políticas públicas para idosos, que acumulam as vulnerabilidades da idade com as de suas condições sociais. São poucos os dispositivos implementados pelo Estado para suprir as crescentes necessidades do atendimento aos idosos. Com essa omissão institucional, recai sobre a família a responsabilidade pelo bem-estar de seus parentes mais velhos e na falta de apoio familiar, os idosos não são bem assistidos. As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) são a prática majoritária no país. Ainda são poucos os estudos voltados para o processo de institucionalização e para a implicação dos próprios idosos nesse processo, que parece uma importante transição em seu curso de vida. Considerando o histórico asilar, que marca a fundação das ILPIs no país, além das pesquisas que indicam a falta de cuidadores familiares como o principal motivo para a entrada em uma instituição, pergunta-se: qual a relação entre as significações produzidas por idosos sobre seu processo de institucionalização e a percepção de sua rede de apoio social? Foi selecionada uma instituição filantrópica da cidade de Recife, e dez idosos participaram da pesquisa. O principal procedimento de coleta foi uma entrevista, baseada no modelo de narrativas autobiográficas, seguido pela análise fenomenológica dos dados. Os marcadores de curso de vida, as concepções sobre condições sociais, os motivos para institucionalização, os aspectos da transição e adaptação, a percepção de apoio social, os aspectos que envolvem a velhice e a religiosidade foram identificados como unidades de significado das narrativas. A discussão centrou-se nos contextos de desenvolvimento, nos caminhos para a institucionalização, na percepção de rede de apoio ao longo da vida e nos processos de significação da institucionalização. Os resultados apontam para a multifatoriedade envolvida no processo de institucionalização e na própria produção de significados, intimamente relacionados com a história de vida de cada um dos participantes. Há congruência entre os relatos dos participantes e o que se encontra na literatura como perfil de idosos em ILPI. Considerando a heterogeneidade da demanda e da população que as ILPIs atendem, reflete-se sobre a necessidade de novos serviços de cuidados de longa duração que possibilitem um leque maior de escolha para os idosos e permitam um atendimento mais adequado para cada uma das demandas. |