O trabalho empreendedor - aprendizagem e inovação no APL de confecções de Santa Cruz do Capibaribe : entre a sociabilidade e o capital social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Luiz Barreto Ribeiro, Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9612
Resumo: Esta Tese propôs abordar as transformações da sociedade industrial, a partir das flexibilizações do trabalho e da produção. Trata-se de um estudo teórico-empírico, predominantemente qualitativo. O delineamento da pesquisa parte de um estudo de caso no APL de Santa Cruz do Capibaribe- Pernambuco; privilegiando as empresas de micro e pequeno porte. Na pesquisa utilizamos dados de fontes primárias e secundárias. As fontes primárias foram obtidas por meio de entrevistas semi-estruturadas e observação não participante. Entrevistamos as organizações empregadores e empregados e as lideranças das instituições. Como fontes secundárias, usamos textos bibliográficos tais como livros, periódicos, revista, jornais, documentos e internet. No quesito referencial teórico, privilegiamos algumas categorias analíticas: Trabalho, APL, Aprendizagem e Inovação Tecnológica, Sociabilidade, Capital Social, Gênero e Ação Comunicativa. A discussão desta Tese parte do suposto que a reestruturação da sociedade fordtaylorista tem na aprendizagem de novas tecnologias, uma das principais estratégias para o sustento da empresa. Todavia, entendemos também que tal intento não pode ficar restrito à questão tecnológica, mas igualmente, ao aprendizado de novas sociabilidades. Tendo em vista que em regiões periféricas, a exemplo do APL de Santa Cruz do Capibaribe, cuja especificidade consiste nos baixos níveis socioeconômico e de instrução profissional, a racionalidade produtiva em termos weberianos não seja suficiente para dar sustento e competitividade às organizações. Portanto, acreditamos que o elemento não-racional simbologias derivadas da afetividade é determinante por facilitar a comunicação dentro dos empreendimentos e, por conseguinte, o acesso e difusão do conhecimento para a gestão da inovação tecnológica. Como resultado da pesquisa, foi possível afirmar que a sociabilidade, o capital social e a ação comunicativa são mediações que fomentam aprender a inovar, mas, dentro de interfaces que contemplem a construção de novos saberes a partir das vivências consolidadas localmente. No caso deste Pólo, as flexibilizações da produção e trabalho tem nas esferas privadas e públicas não estatais, espaços comunicativos para o acesso e difusão do aprendizado, derivado do conhecimento tácito