Aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Renata Pereira Do Nascimento, Gláucia
Orientador(a): da Piedade Moreira de Sá, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7222
Resumo: Esta tese é o resultado da pesquisa que desenvolvemos durante o curso de Doutorado em Letras, na área de concentração em Lingüística, para a obtenção do grau de doutor. O objetivo geral da pesquisa é a descrição de aspectos da organização de textos escritos por universitários surdos, a partir de um corpus constituído por 15 (quinze) textos produzidos por surdos adultos, entre os anos de 2005 e 2006, regularmente matriculados em instituições superiores de ensino localizadas nas cidades do Recife e de Olinda, sendo 13 (treze) textos escritos por surdos oralizados usuários de LIBRAS, 1(um) escrito por um surdo não-oralizado usuário de LIBRAS e 1 (um) produzido por um surdo oralizado nãousuário da língua de sinais. A base teórica fundamentou-se nos trabalhos de Halliday; Hasan (1976), Beaugrande; Dressler (1981), Van Dijk (1989), Antunes (1996, 2005), Neves (2000), Felipe (2001), Quadros; Karnopp (2004), entre outros. Os textos escritos em português por indivíduos surdos apresentam organização atípica. Algumas das peculiaridades observadas no corpus são decorrentes da influência da organização sintático-espacial da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), no caso dos textos escritos por surdos usuários dessa língua, e das especificidades interacionais instauradas pela surdez. Nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há 10 (dez) anos ou mais, ocorre o uso de menor diversidade de recursos de coesão por reiteração, em relação aos textos escritos pelo voluntário surdo não-usuário da língua de sinais e aos textos produzidos pelos surdos que usam a LIBRAS há menos tempo. Percebemos, ainda, nos textos escritos por surdos usuários de LIBRAS há mais tempo, dificuldades com o uso de verbos e de preposições, que se revelam, em muitos casos, pela omissão dessas palavras