Para que(m) Mercosul? : ingerências político-estratégicas e empresariais na política externa brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Dantas de Paula, Mariana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1336
Resumo: Até que ponto o insulamento burocrático do Itamaraty gerou continuidade de política externa brasileira? Sem ignorar o peso de fatores históricos estruturais, vislumbra-se a associação de projetos políticos domésticos de desenvolvimento a perspectivas de inserção internacional ora mais alinhadas à divisão internacional do trabalho tradicional, ora mais tendente a apostar na substituição de importações e no incremento de exportações. Reitera-se o pressuposto da ingerência da política doméstica na política externa, destacando a relevância dos interesses da elite econômica nacional para a definição das prioridades e investimentos federais em relações internacionais. Nesse contexto, o destaque conferido pelo governo em curso na integração regional deve ser cotejado com a evolução da percepção do empresariado brasileiro sobre o tema. Reações contra a utilidade do Mercosul para os interesses exportadores brasileiros questionam os custosos investimentos públicos na diminuição das assimetrias regionais. A responsabilidade assumida pelo governo Lula quanto à viabilização do Mercosul, portanto, justifica-se por um projeto estratégico de liderança periférica, além do potencial de lucros a auferir no comércio com o Bloco e seus parceiros regionais