Uso de ferramentas integradas para avaliação da qualidade da água de um sistema de piscicultura no Semiárido de Pernambuco, Brasil
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25617 |
Resumo: | O nordeste brasileiro, especialmente o vale do São Francisco, é uma região indicada para a piscicultura, por apresentar condições climáticas favoráveis e adequada qualidade da água. A piscicultura é uma atividade de importância econômica e social, no entanto, o uso de antibióticos, hormônios para reversão de alevinos e a adição de compostos nitrogenados e fosfatados através da ração, representam fontes potencialmente geradoras de impactos ambientais na qualidade da água e na biodiversidade. Os principais impactos da piscicultura estão relacionados ao lançamento de efluente. Estudos que auxiliam na compreensão desses impactos atuam como ferramenta para gestão dos recursos hídricos. O presente estudo foi desenvolvido a partir de uma piscicultura de tanque escavado com cultivo tilápia do Nilo localizada no semiárido de Pernambuco. Para avaliação da qualidade da água e efluente da piscicultura foram realizadas análises dos parâmetros físico-químicos, biológicos (fitoplâncton e clorofila-a) e ecotoxicológicos, utilizando como organismos-teste o microcrustáceo Daphnia similis e embriões do peixe Danio rerio, de seis pontos de amostragem, distribuídos em três tanques de cultivo de alevinos (P1, P2 e P3); efluente dos viveiros de cultivo de juvenis sem tratamento - P4, efluente após tratamento por fitorremediação - P5 e reservatório Itaparica - P6. E ensaios ecotoxicológicos com o hormônio 17 α-metiltestosterona e o antibiótico oxitetraciclina. Os resultados demostraram que os dados físico-químicos e biológicos referentes ao reservatório Itaparica (P6), local de lançamento do efluente da piscicultura e captação de água para a mesma, atendem aos limites recomendados pela legislação Conama 357/05, classe 2, exceto pelo fósforo total, clorofila-a e densidade de cianobactérias. A água e o efluente da piscicultura, bem como o antibiótico oxitetraciclina, não representaram toxicidade para os organismos testados. O hormônio 17 α-metiltestosterona causou toxicidade aguda para Daphnia similis (CE₅₀;48h = 7.62 μg L⁻¹,) e crônica ao Danio rerio (CL₅₀:168h = 0,63 mg.L⁻¹). Fica evidente a necessidade de monitoramento dos efluentes lançados pela piscicultura, no entanto, as análises mostraram um potencial de reuso, como estratégia para gestão sustentável da atividade. Acredita-se que este trabalho tenha contribuído com avanço nas pesquisas desenvolvidas no âmbito do Projeto Innovate, que visa otimizar os múltiplos usos do reservatório de Itaparica, além de colaborar como ferramenta orientada para o fortalecimento sustentável da atividade de piscicultura no semiárido do Estado de Pernambuco. |