Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Sandra Cabral da |
Orientador(a): |
SILVA, Teresinha Gonçalves da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16853
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Resumo: |
A inflamação é um processo complexo iniciado por vários fatores como patógenos, danos físicos, isquemia, injúrias tóxicas ou autoimunes, e tem como finalidade proteger o organismo. A inflamação é um evento que envolve o reconhecimento do agente ou estímulo lesivo provocando a infiltração de leucócitos para a região afetada com o intuito de remover o causador do dano e fazer com que o tecido retorne ao estado de homeostase. A busca por novos fármacos que possam ser utilizados como alternativa aos já existentes no mercado tem sido motivada pelos diversos efeitos colaterais causados pelo uso contínuo de medicamentos anti-inflamatórios. Neste contexto, e levando em consideração as diversas atividades biológicas descritas para derivados acilhidrazônicos, que se mostram como uma importante classe de compostos químicos sintéticos, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória de novos derivados N-acilhidrazônicos. Inicialmente, foi realizado uma triagem in vitro de sete derivados N-acilhidrazônicos. A partir destes resultados, quatro compostos (AMT, AMZ, AMZ-Bz e AMH) foram selecionados para triagem in vivo (teste do bolsão de ar), sendo selecionado o composto, AMH, para avaliação das demais atividades anti-inflamatórias. Para avaliação da atividade anti-inflamatória foram realizados os seguintes testes: pleurisia induzida por diferentes agentes flogísticos; permeabilidade vascular induzida por ácido acético; determinação dos níveis de citocinas, óxido nítrico (NO) e mieloperoxidase (MPO). A pleurisia foi induzida pela injeção de 0,1 mL por via intrapleural de um dos seguintes agentes flogísticos: carragenina (1% 0,1 mL/cav.), bradicinina (10 nmol/cav.), histamina (100 μg/cav.) ou zimosano (200 μg/cav.). No teste do bolsão de ar, o derivado AMH (na dose de 10 mg/kg) apresentou o melhor resultado com inibição da migração leucocitária de 75,8% em relação ao grupo controle. No teste da pleurisia o composto AMH inibiu significativamente a migração leucocitária induzida por carragenina (83,0%), histamina (49,2%) e zimosano (69,8%), em relação ao grupo controle. Na pleurisia induzida por bradicinina, a inibição da migração leucocitária foi de 20,6% em relação ao grupo controle. O AMH diminuiu a concentração de TNF-α e IL-1β tanto no modelo de bolsão de ar quanto na pleurisia induzida por carragenina. Este composto apresentou ainda diminuição da permeabilidade vascular e inibição da concentração de NO e MPO na pleurisia induzida por carragenina. Desta forma, os resultados indicam que o derivado N-acilhidrazônico AMH apresenta atividade anti-inflamatória reduzindo a migração leucocitária, que está associada à diminuição de citocinas e óxido nítrico, histamina, bradicinina e sistema complemento. |