“Qualquer um pode pegar, todos têm preconceito, mas eu não” : mudanças e permanências das representações sociais sobre HIV e AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: RIQUE, Luisa Lacerda
Orientador(a): SANTOS, Maria de Fátima de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56013
Resumo: A AIDS, manifestação sintomática do vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) foi historicamente marcada pelo estigma e preconceito. Quarenta anos decorridos de sua descoberta e de consideráveis avanços científicos sobre a doença e seu tratamento, é possível indagar quais as mudanças que ocorreram no pensamento social sobre a doença. A Teoria das Representações Sociais oferece um quadro teórico consistente para a análise do pensamento social buscando compreender as teorias de senso comum sobre HIV e Aids que circulam atualmente em nossa sociedade. Desta forma o objetivo geral é investigar transformações e permanências das representações sociais de HIV/Aids em pessoas que não vivem com o vírus. Sendo os objetivos específicos 1) Identificar mudanças das representações sociais ao longo dos anos, 2) Identificar permanências das representações sociais ao longo dos anos e 3) Verificar semelhanças e diferenças no campo representacional do HIV entre as pessoas entrevistadas. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas semi-dirigidas e a análise de conteúdo temática possibilitou a organização do conteúdo das respostas nas seguintes categorias de análise: 1) Informações sobre HIV e Aids; 2) História da Aids; 3) Percepção sobre a Pessoa Vivendo com HIV e Aids (PVHIVA); e 4) Proximidade dos/das participantes com a temática e PVHIVA. Foi possível concluir que apesar de mudanças nas esferas médica e científica, há resistências no pensamento social como a noção de grupo de risco, ancorada nos primeiros conceitos no início da epidemia. Observou-se também que alguns elementos das representações sobre HIV/Aids mudam com o passar dos anos da iminência de morte e passam a estar associadas à possibilidade de vida.