Nanofibras poliméricas eletrofiadas nanoestruturadas para aplicações biotecnológicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Glícia Maria de
Orientador(a): ANDRADE, César Augusto Souza de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56446
Resumo: As lesões cutâneas de difícil cicatrização configuram um ônus ao sistema de saúde. Assim, enquanto as feridas crônicas continuarem sendo um problema global de saúde, o desenvolvimento de tratamentos alternativos permanecerá extremamente necessário. A eletrofiação é uma técnica versátil e econômica que é utilizada para síntese de nanofibras com diâmetro na faixa de nanômetros a partir de substâncias contendo polímeros como o polivinil-álcool (PVA) e como o biopolímero de celulose bacteriana (BP). A celulose bacteriana é um polímero promissor para aplicação como curativo devido a suas propriedades físico-químicas. A prevenção da infecção bacteriana externa no local da ferida é um pré-requisito para o design de novos curativos, devendo ser adicionadas substâncias antimicrobianas como nanopartículas de prata (AgNps) e peptídeos antimicrobianos como a Clavanina A (ClavA). Desta forma, o presente estudo teve como objetivo preparar e caracterizar as nanofibras eletrofiadas compostas por PVA-AgNps- BP-ClavA e avaliar a sua ação antimicrobiana. Inicialmente, foram sintetizadas nanofibras eletrofiadas compostas por PVA-AgNps-Bp-ClavA, posteriormente, foi realizada a reticulação química. As micrografias compostas por PVA-AgNps-BP-ClavA exibiram filamentos nanométricos homogêneos em sua estrutura formando uma matriz tridimensional com diâmetros de 555nm a 648nm. O mapeamento elementar revelou a dispersão homogênea das AgNps na superfície das nanofibras. O espectro evidenciou picos característicos para BP e AgNPs presentes nas nanofibras, confirmando a sua incorporação. O termograma revelou um aumento da termoestabilidade de 130,92 °C para 207,03 °C após a adição das AgNps e do BP à fibra. Constatou-se também o aumento da transferência de elétrons após a incorporação das AgNps e do BP as nanofibras de PVA. Houve excelente ação inibitória para bactérias gram-positivas com halo maior que 15mm, além de apresentar atividade antifúngica contra C.albicans com halo de inibição medindo 18mm. Estes resultados demonstraram o potencial das nanofibras possuem características potenciais para aplicações biotecnológicas como a regeneração tecidual.