Potencial de aproveitamento energético da biomassa de macroalgas no estado de Alagoas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30792 |
Resumo: | Em alguns trechos do litoral brasileiro ocorre regularmente um processo natural de deposição de grandes quantidades de macroalgas. Nas áreas urbanas, as instituições de limpeza recolhem essa biomassa e destinam a aterros. Essa operação tem um alto custo financeiro e provoca a emissão de gases de efeito estufa à medida em que essa biomassa residual é decomposta nos aterros. Esse problema é observado no litoral de Maceió, Alagoas. A biomassa de macroalgas é um recurso natural que poderia ser utilizado para geração de energia renovável, contribuindo para o atendimento a uma demanda crescente por energia de baixo impacto ambiental, delineando uma possibilidade de crescimento econômico sustentável. O objetivo geral desse trabalho foi avaliar o potencial de aproveitamento energético da biomassa de macroalgas depositada no litoral de Maceió, com dois estudos específicos: 1) caracterização química da biomassa das principais espécies de macroalgas encontradas na área de estudo; 2) avaliação da capacidade de combustão da biomassa agregada, das espécies selecionadas e dos “pellets” produzidos com macroalgas. No primeiro estudo, foram analisadas amostras de 13 espécies de macroalgas e da biomassa agregada coletadas em sete praias de Maceió, por meio do EDX para determinação dos teores de Mg, Al, Cl, Ca, S, K, Mn, Fe, Cu, Zn e Sr e para os teores de carbono, hidrogênio e nitrogênio, por analisador elementar e, os teores de celulose e lignina por determinador de fibras. Os percentuais nas espécies dos teores de carbono variaram entre 16.5 – 61.8 %, de hidrogênio e nitrogênio foram aproximadamente 6,73 e 4,53%. Enquanto que a celulose variou em mais de 100%. Os elementos Mg, Al, Cl, Ca, e S tiveram teores mais altos do que Mn, Fe, Cu, Zn e Sr. No segundo estudo, determinou-se o poder calorífico médio utilizando-se uma bomba colorimétrica e o valor encontrado na biomassa das macroalgas foi de 2418,7 Kcal/kg. O poder calorífico inferior médio (8,82 MJ/kg) das 13 espécies analisadas foi similar ao da principal biomassa utilizada no Brasil, o bagaço de cana, avaliado em 8,91 MJ/kg. A biomassa de macroalgas agregadas com pellets condensados em compósitos energéticos tiveram poder calorífico de 4.823 Kcal/kg, 1,2% a mais do que a média dos pellets das biomassas terrestres. Portanto, a biomassa de macroalgas tem potencial para ser aproveitada para geração de biocombustíveis ou energia térmica. Algumas espécies podem ter potencial para aproveitamento na indústria de alimentação ou química. Esse aproveitamento poderia reduzir o custo com as operações de limpeza urbana nas áreas costeiras. |