Sobre botijas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SALES, Thiago De Oliveira
Orientador(a): NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/855
Resumo: As coisas escondidas prometem a graça e a miséria. Em diversos municípios do interior do estado de Pernambuco há um mito em relação ao ouro escondido pelos avarentos. Tal mito converge simbolicamente a diversos aspectos encontrados no imaginário dos garimpeiros. O ouro que atormenta, fomenta a busca. Tendo como matéria que informa e se deforma as narrativas sobre botija e sua relação com aspectos de dois extremos do país, temos a chance de rever a forma esfumaçada a qual o mito opera. Isto nos permite observar aspectos universais a partir de uma desconstrução metafísica do mito no seio da antropologia cultural. As narrativas não podem se constituir em momentos de suspensão fenomenológicos aos moldes de Husserl, outrossim, devem se constituir em regimes de fascinação de nossa mundanidade cotidiana. É sobre esta velha postura que diversos autores repousaram: como se o mito fosse impregnado pela narrativa em seu modelo estrutural. A mesma pulsão move os caçadores de botija e os garimpeiros assim como move os que participam de jogos de azar. Mas seria o mito a pulsão? Ou seria enfim, o mito, um representante por excelência da busca interminável do homem em direção a um Nada, fomentado pela sua eterna condição de projeto inacabado