Trajetórias assistenciais de usuários(as) da rede interestadual Pernambuco/Bahia na linha de cuidado em oncologia : implicações do “agir leigo” na regulação assistencial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SANTOS, Daiane Cordeiro dos
Orientador(a): BEZERRA, Adriana Falangola Benjamin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45008
Resumo: A garantia do acesso e integralidade da atenção à saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente, no contexto da regionalização, exigem arranjos e pactuações capazes de abarcarem as questões que extrapolam as capacidades específicas dos entes federados. Frente ao exposto, a Rede Interestadual de Atenção à Saúde do Vale do Médio São Francisco (Rede PE/BA) se caracteriza como alternativa organizativa, para qual a regulação em saúde se configura essencial. Entretanto, diante das dificuldades que a estrutura institucionalizada da regulação apresenta em responder algumas das necessidades em saúde da população, o “agir leigo” surge como recurso para a garantia do acesso assistencial. Analisar a trajetória assistencial de usuários(as) da linha de cuidado em oncologia e sua relação com a regulação assistencial na Rede PE/BA. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na modalidade estudo de casos múltiplos. Contou com a participação de 08 usuários(as) do SUS, residentes de municípios da Rede PE/BA, que finalizaram ou estavam em tratamento oncológico em hospitais da rede. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados entrevistas e diário de campo, analisados mediante Análise de Conteúdo Temática. Dentre os principais resultados, pode-se observar: a presença do “agir leigo” na fabricação das trajetórias assistenciais; a dificuldade no acesso às consultas especializadas e aos exames de apoio diagnóstico; a composição público-privada das trajetórias; a função protetora e resolutiva da rede social de apoio; a distância geográfica como limitante para o cuidado; a existência de fragilidades na linha de cuidado em oncologia na Rede PE/BA; e a identificação do tratamento oncológico ofertado na Rede PE/BA como potencialidade. Os relatos destacam a necessária estruturação da linha de cuidado em oncologia da Rede PE/BA e evidenciam a importância do fortalecimento da regionalização em saúde para garantia do cuidado integral, em tempo oportuno e o mais próximo possível do(a) usuário(a).