Desenvolvimento de filme com ação antimicrobiana à base de quitosana incorporado com extrato seco de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb) Altschul (Angico)
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41366 |
Resumo: | O uso tradicional das plantas com propósito medicinal está entrelaçado com questões históricas e culturais dos povos de cada localidade. No Brasil, soma-se a isto o componente da diversidade, considerando suas proporções continentais e seus biomas com características distintas, sendo a caatinga considerada um bioma exclusivo deste país. O aparato científico busca caminhar juntamente a esses conhecimentos tradicionais, aumentando a aplicabilidade destes recursos enquanto promove a segurança na sua utilização, motivo pelo qual chegam ao mercado medicamentos originados de plantas, sejam fitoterápicos, seus extratos ou até mesmo sintetizados com base em seus metabólitos. Dentro deste contexto, o presente estudo objetivou formular filme incorporado com extrato da espécie Anadenanthera colubrina, o angico, aplicado pelas comunidades inseridas na caatinga como antimicrobiano, cicatrizante e anti-inflamatório, associando-o à quitosana, biopolímero também de origem natural, advindo principalmente da carapaça de crustáceos, com características como biocompatibilidade, biodegradabilidade e baixa toxicidade. Isto com a finalidade de testar tal formulação em microrganismos e células participantes do processo de cicatrização. Para a obtenção de resultados os principais métodos utilizados foram: casting (formulação de filmes a partir de evaporação de solvente de solução filmogênica prévia); ensaios microbiológicos (concentração inibitória mínima e Checkerboad), para determinação de atividade individual e sinérgica com antimicrobiano de aplicação tópica, a gentamicina; ensaios de degradação (termogravimetria) e de caracterização (espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier) e ensaios de toxicidade (MTT), utilizando células participantes do processo de recuperação de feridas (macrófagos e fibroblastos). A formulação resultou em um produto de fácil manuseio, com aspecto transparente, interações físicas entes os seus componentes, estabilidade térmica considerável, alto grau de intumescimento e ação comprovada in vitro, sobre cepa padrão de Staphylococcus aureus, responsável por infecções de pele, partes moles, dispositivos e próteses médicas. Os testes de citotoxicidade revelaram proximidade entre dose eficaz e dose tóxica, entretanto em baixas concentrações observou-se o aumento do crescimento celular. Sendo assim, espera-se contribuir para a literatura não apenas identificando espécies vegetais promissoras para a geração de novos fitofármacos, mas também levantar a possibilidade de aprimoramento de produtos à base de quitosana. Neste caso com foco em desenvolvimento de novas alternativas para curativos inteligentes que favoreçam a recuperação de pacientes portadores de feridas crônicas e afins. |