Estudo do comportamento mecânico da liga de aluminio AA 801 1 em diferentes sequências termomegênicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: LIMA, Hermes Gomes de
Orientador(a): FERREIRA, Ricardo Artur Sanguinetti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5614
Resumo: As chapas e folhas laminadas da liga de alumínio AA 8011 possuem, dentre outras propriedades, duas características mecânicas que normalmente não se encontram juntas em produtos laminados de outras ligas comerciais de alumínio. Trata-se da combinação de alta conformabilidade com boa resistência mecânicas. Estas características conferem extensa possibilidade de uso desta liga para a fabricação de produtos que vão desde embalagens alimentícias flexíveis até utensílios domésticos, componentes para industria automotiva e outros. As normas e padrões que definem os limites das propriedades mecânicas das chapas e folhas de alumínio, laminadas a frio e não tratáveis termicamente (ASTM B209M-01, NBR 7823 e Aluminum Association), não contemplam a liga AA 8011. A norma EN456-2 1996 contém os limites de propriedades mecânicas para esta liga, mas apenas para algumas situações: para folhas recozidas (têmpera O ) e encruadas (têmpera H18) de 0,006 mm a 0,089 mm e para as folhas nas outras temperas ( O , H12, H14, H16, H18) nas espessuras de 0,035 mm a 0,20 mm. O objetivo deste trabalho é levantar os valores de propriedades mecânicas de chapas de alumínio desta liga, a partir de determinadas condições termomecânicas que ainda não constam nas normas que tratam do assunto. Em outras palavras, neste trabalho será explorado o potencial termomecânico da liga, revelando informações adicionais ainda não referenciadas na bibliografia especializada. Serão levantados os valores de propriedades mecânicas e caracterizadas as microestruturas correlatas em diferentes seqüências térmicas. Desta forma será otimizado o compromisso entre a formabilidade e a resistência, para aumentar as possibilidades de aplicações desta liga. A matéria prima utilizada no estudo parte de nove amostras de lâminas com 5,0 mm de espessura obtidas diretamente do caster sob parâmetros distintos de solidificação. A influência dos parâmetros de solidificação sobre as propriedades mecânicas foi analisada. Cada amostra de lâmina foi deformada mecanicamente por laminação a frio para a obtenção de chapas nas espessuras de 2,0 mm, 1,0 mm e 0,5 mm. Estas chapas foram submetidas a tratamentos térmicos em temperaturas de 220°C a 400°C, em intervalos de temperaturas de 20°C, em um tempo fixo de 3,0h. Após o tratamento, as chapas foram novamente deformadas mecanicamente por laminação a frio para uma espessura final de 0,2mm. Finalizando a seqüência termomecânica, as amostras de espessura 0,2mm foram tratadas termicamente sob mesmo regime anterior. Através dos ensaios de tração em amostras de cada condição, em termos de níveis de deformação e tratamentos térmicos aplicados, foi possível caracterizar a condição e as propriedades mecânicas da liga. Alguns ensaios de embutimento foram feitos em amostras selecionadas a partir de pontos estratégicos (mudanças significativas nas propriedades mecânicas) da curva do comportamento mecânico da liga. Concluímos, através dos resultados obtidos com diferentes experimentos, que as propriedades mecânicas da liga estudada são extremamente sensíveis às seqüências termomecânicas empreendidas. Diferentes valores para as propriedades mecânicas das chapas desta liga podem ser produzidos a partir de seqüências termomecânicos distintas, levando à valores diferentes daqueles tradicionalmente obtidos por têmperas H1X (endurecimento por trabalho mecânico) ou por têmperas H2X (recuperação por tratamento térmico). Estas combinações possibilitam uma maior flexibilização no processo produtivo, preservando-se o compromisso entre a formabilidade e a resistência tendo-se em vista as especificidades de cada produto a ser fabricado com chapas ou folhas desta liga