Fronteiras do (não-)plágio publicitário: um estudo discursivo de casos julgados no/pelo Conar
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14973 |
Resumo: | Esta tese trata da questão do plágio na publicidade, tema polêmico e bastante debatido, porém ainda carente de estudos acadêmico-científicos. Elegendo como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso francesa, sobretudo os trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, buscamos, mais especificamente, analisar o discurso sobre o plágio publicitário que é (re)produzido no/pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), organização não-governamental que regulamenta a publicidade no Brasil. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus composto pelos autos processuais dos 10 casos suspeitos de plágio julgados pelo Conar durante o ano de 2010 em suas Câmaras do Conselho de Ética. Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu em, primeiramente, conhecer as condições de produção deste discurso sobre o plágio; também nos interessou observar como as designações de plágio e outras a esta correlatas são (re)significadas nos discursos de acusação, defesa e julgamento dos casos suspeitos selecionados; intentamos ainda identificar quais saberes e dizeres são articulados nesses discursos e como a estes se posicionam os sujeitos aí inscritos; por fim, procuramos tecer algumas reflexões sobre o plágio enquanto fenômeno discursivo. Nossas análises mostraram que o discurso sobre o plágio publicitário é regulado pelo Código de Autorregulamentação Publicitária, sendo a ética a respeito do tema um saber constituído e atravessado por outros saberes, especialmente de ordem jurídica, publicitária e mercadológica. Tem-se, assim, que, no âmbito do Conar, as fronteiras do que pode ou não ser configurado como plágio estão em constante tensão e movimento. Nosso trabalho também nos permitiu pensar que se o plágio, por um lado, silencia o percurso histórico dos sentidos, como propõe Orlandi, por outro, necessita da revelação desse percurso para se configurar enquanto tal. |