Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
GONÇALVES, Adriana Velozo |
Orientador(a): |
RIZZO, José Ângelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18307
|
Resumo: |
O broncoespasmo induzido por exercício (BIE) ocorre entre 40 a 90% das crianças e adolescentes asmáticos. É definido como o estreitamento agudo dos brônquios após exercícios físicos vigorosos e sua presença é um marcador de controle inadequado da doença. Queixas respiratórias durante ou após atividades físicas são comuns nestes indivíduos, mas nem sempre estão associados ao BIE, sendo necessária a comprovação através de testes objetivos, podendo ser realizada por testes de exercício ou testes alternativos como a hiperventilação eucápnica voluntária (HEV). A HEV vem sendo descrita em vários estudos como substituta ao teste de exercício, embora a sua utilidade clínica diária para o diagnóstico de BIE em crianças e adolescentes ainda não esteja bem estabelecida. Testes diagnósticos estão sujeitos a variações mesmo quando são realizados de forma repetida, nos mesmos indivíduos, sob as mesmas condições e com os mesmos instrumentos. O desconhecimento destas variações ou sua não consideração pode interferir na confiabilidade do diagnóstico e das avaliações evolutivas. A avaliação de repetibilidade da resposta das vias aéreas ao teste de HEV sob condições padronizadas não foi reportada na população pediátrica de asmáticos. Assim o objetivo principal deste estudo foi avaliar a repetibilidade da resposta ao teste e concordância dos resultados realizando-se dois testes de HEV com intervalo de até 96 horas, empregando a mesma intensidade, duração do exercício e condições de ar. A HEV foi realizada em 30 crianças e adolescentes com asma, em dois momentos, atendidos no ambulatório de alergia do hospital das Clínicas (Recife, Brasil), seguidos de provas seriadas de função pulmonar (espirometria) aos 3,5,7,10,15 e 30 minutos para determinação da queda VEF1. Foi medida concordância entre os resultados obtidos e estabelecido o limite de confiança a 95% da diferença na variação do VEF1 como percentual do basal entre os dois dias de testes, com nível de significância de 5%. Resultados: Dos 30 indivíduos testados, 21 (70%) apresentaram redução de VEF1 > 10% em um dos dois dias de exame,5 apenas no 1º dia (17%), 6 (20%) no 2o dia e 10 em ambos os dias. Em 9 (30%) o teste foi negativo em ambos os dias. Os resultados foram concordantes em 19(63%). A média das diferenças e os limites de concordância foi 0,3% e -16,8% e 17,4%). Concluímos que houve concordância dos resultados em 63 % dos pacientes, entretanto, a presença de um segundo teste positivo em 20% dos casos estudados, demonstra a necessidade de realização de um segundo teste antes que um diagnóstico de BIE seja excluído ou tratamento profilático seja prescrito. |