Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
EIRAS, Rodrigo Roberto Wanderley |
Orientador(a): |
ANDRADE, Francisco Jatobá de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52483
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Resumo: |
O trabalho que se segue busca compreender como as representações sociais de atletas negros, através da mídia e do futebol espetacularizado, podem aproximar ou distanciar diversas problemáticas relacionadas às questões raciais. A partir das contribuições de Fanon (2008), Gilroy (1993) e Mbembe (2017), pude refletir como as definições dominantes sobre a negritude, por meio dos midiáticos analisados, reinventam estereótipos raciais para enaltecer os jogadores que têm consigo comportamentos ou estilizações de vida ascéticas – com forte apelo profissional – enquanto diversos outros atletas negros são repudiados por apresentarem consigo condutas ou estilos de vida mais hedonistas, o que nos remete às normas protocolares que reforçam a ritualização do comportamento racial de cunho tradicionalista proposto por Fernandes (1978; 2007), que enaltecem os indivíduos negros que “sabem seu lugar”, gerando lucros a nível pessoal associadamente de perdas coletivas. Além disso, percebemos também que todos estes atletas, independentemente de suas formas e diversas maneiras de sociabilidades, preferências pessoais ou estilos de vida, estão sujeitos a violência racial, principalmente quando estes não têm o desempenho esportivo esperado, suscitando variadas proporções de ofensas explicitamente racistas. Os resultados nos mostram como as diferentes personalidades negras podem ser enaltecidas ou repudiadas através de suas respectivas estilizações de vida. Apesar disso, as discriminações mostram-se presentes sistematicamente, reforçando o caráter do racismo à brasileira, característico por haver consigo tanto a integração quanto da exclusão racial de maneira simultânea (TELLES, 2003). Conclui-se que a mídia esportiva carrega consigo formas latentes de poder simbólico que funcionam de maneira a produzir distintas condutas raciais, enaltecendo ou reprimindo específicas personalidades negras para promover formas de sociabilidade homogêneas para esta população. Dessa maneira, exclui-se suas subjetividades, suas identidades para homogeneizar a negritude e relacioná-la diretamente ao seu corpo negro humilde, obediente e produtivo. |