Avaliação da gravidade da dengue segundo o nível de intervenção clínica e avaliação ultrassonográfica dos casos em crianças e adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SIMÕES, Luciana Holmes
Orientador(a): SILVEIRA, Vera Magalhães da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20002
Resumo: A nova classificação da dengue (dengue sem sinais de alarme, dengue com sinais de alarme e dengue grave) da Organização Mundial de Saúde e adotada pelo Ministério da Saúde do Brasil objetiva identificar os pacientes que apresentam um maior risco de complicações. Entre março de 2009 e maio de 2011 formou-se uma coorte prospectiva com suspeitos de dengue em dois hospitais da capital da Paraíba no nordeste do Brasil. De 770 pacientes, 554 preencheram os critérios de inclusão, representados por crianças e adultos, com confirmação laboratorial do diagnóstico de dengue, sendo coletadas informações clínicas, laboratoriais e exame ultrassonográfico. O estudo realizado foi para validar a classificação revisada da Organização Mundial da Saúde, na identificação de casos graves, baseado nos níveis de intervenção clínica (Categoria I, II e III) e nos achados ultrassonográficos. Foram testadas a sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo da nova classificação com os níveis de intervenção. A sensibilidade e a especificidade da dengue grave para os casos da Categoria III foram de 100% e 91%, respectivamente, com valor preditivo positivo de 15,5% e valor preditivo negativo de 100%. Esses dados demonstram uma maior sensibilidade da classificação revisada na detecção de pacientes com risco de evoluírem para formas graves da doença. A ultrassonografia mostrou ser uma ferramenta útil na identificação de casos suspeitos de dengue e na detecção precoce de sinais de extravasamento plasmático. Os achados ecográficos mais relevantes foram espessamento difuso da parede da vesícula biliar, líquido livre na cavidade abdominal e pélvica, derrame pleural, esplenomegalia e hepatomegalia. O espessamento da parede da vesícula biliar e os derrames cavitários mostraram significância estatística com a nova classificação.