Avaliação toxicológica pré-clínica do extrato hidralcoólico da Operculina alata (Ham.) Urban

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: da Silva Gonçalves, Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3395
Resumo: A Operculina alata conhecida popularmente como Jalapa-do-Brasil, pertence à família das Convolvulaceae. Possui propriedades laxantes e catárticas. Apesar da sua ampla comercialização (Aguardente alemã®) na forma de extrato hidroalcoólico (EHA) existem raros estudos sobre sua segurança no uso. Para tal, foram realizados em ratos de ambos os sexos, ensaios de toxicidade aguda (DL50) e avaliado o efeito da administração do EHA sobre a fertilidade (durante o período de gestação, desenvolvimento da prole, fase embriogênica da gestação e performance reprodutiva) e parâmetros bioquímico, hematológico e morfologia dos principais tecidos. Nossos resultados mostram que por via oral até 5,0g/kg o EHA não produziu morte. O tratamento durante a gestação com EHA (25, 125 e 625mg/kg, v.o.) não alterou as variáveis reprodutivas: número de prole/mãe, índice de fertilidade (n° de ratas prenhas/n° de ratas acasaladas), índice de gestação (% de fêmeas prenhas com todos os fetos vivos), índice de viabilidade (% de sobrevida após 4 dias), índice de lactação (% de sobrevida após o 21° dia de nascimento/n° de nascimentos), massa corporal no 1° e 30°dia de vida, assim como, não modificou o perfil de comportamento da prole em relação ao grupo controle. O tratamento com EHA na fase embriogênica da prenhez, não alterou de forma significativa a massa corporal dos fetos em relação ao grupo controle. Na performance reprodutiva, o tratamento dos ratos por 30 dias com EHA, não modificou a massa corporal e dos principais órgãos, assim como, não alterou de forma significativa as variáveis reprodutivas descritas acima. O desenvolvimento (1o ao 30o dia) da massa corporal da prole não foi inibido. Os perfis bioquímico e hematológico após o tratamento crônico com EHA se mantiveram dentro dos valores de referência para a espécie, com pequenas variações pontuais. De forma similar, a análise histológica não revelou alteração celular, a exceção do pulmão, onde foi observado pequeno infiltrado inflamatório. O conjunto dos resultados sugere que o EHA de Jalapa-do-Brasil apresenta baixa toxicidade por via oral, não modifica a capacidade reprodutiva dos ratos de ambos os sexos. Não altera de forma significativa o desenvolvimento e comportamento pós-natal da progênie, assim como, os parâmetros bioquímicos e hematológicos e a morfologia dos tecidos