Pelas margens do atlântico : a navegação de cabotagem e o abastecimento de gêneros de primeira necessidade no Recife (1825-1840)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: PAULINO, Josenildo Américo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Historia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46451
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo principal analisar o comércio de gêneros de primeira necessidade – farinha de mandioca e charque – através do comércio de cabotagem e longo curso para a cidade do Recife entre os anos de 1825-1840. A escolha por estes dois alimentos se deu em virtude de estarem presentes na mesa de parcela significativa dos habitantes oitocentistas, principalmente por sua alta capacidade de conservação. Já o comércio de cabotagem e longo curso teve um papel importante no período imperial: antes da febre ferroviária do último quartel do século XIX, o meio de locomoção mais eficaz era a navegação. Através dela, mercadorias dos mais variados tipos circulavam por todo o litoral do Império brasileiro. O início do recorte foi motivado por questões relacionadas à fonte, já que é neste ano que o jornal Diário de Pernambuco passa a circular na província. O ano de 1840, por sua vez, marca o fim de um período conturbado no comércio recifense após os desdobramentos da Guerra dos Cabanos (1832-1835). Neste estudo, analisamos a ligação comercial do Recife com diversos portos situados dentro e fora do Império no comércio de farinha e charque e o perfil dos comerciantes envolvidos nestas transações. Os pontos de venda dos gêneros na cidade do Recife, a produção de alimentos nos sítios localizados ao redor dos bairros principais e o comércio dos dois gêneros na capital da província de Pernambuco durante o período são abordados. O argumento principal que guia o presente estudo é o de que, entre 1825-1840, o comércio de gêneros de primeira necessidade através da navegação de cabotagem e longo curso foi fundamental para manter uma boa oferta de farinha de mandioca e charque nos mercados da cidade do Recife.