Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
AZEVEDO, Renata Libonati de |
Orientador(a): |
KHOURY, Helen Jamil |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17913
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Resumo: |
O sítio arqueológico Lagoa Uri de Cima é uma lagoa intermitente, hoje seca, localizada no município de Salgueiro, estado de Pernambuco, Brasil. Durante as escavações realizadas no local entre os anos de 2010 e 2013, ossadas de mamíferos de grande porte, atualmente extintos, conhecidos como animais da megafauna, típicos do período quaternário,foram encontradas nas camadas mais profundas da lagoa. Este trabalho apresenta os resultados das datações por espectroscopia por ressonância paramagnética eletrônica (RPE) realizadas em amostras de dentes, provenientes das ossadas da megafauna encontradas na Lagoa Uri de Cima: 1 dente da espécie Hippidion bonaerensis, 2 dentes da família Toxodontidae, e 2 dentes de espécie Haplomastodon waring. Sedimentos em diferentes níveis estratigráficos da lagoa também foram analisados e datados pela técnica de luminescência opticamente estimulada (LOE). As doses acumuladas nas amostras de dentes e sedimentos foram determinadas, respectivamente, através dos métodos de doses aditavas e doses regenerativas. A taxa de dose anual foi estimada através da determinação dos teores de urânio, tório e potássio presentes nas amostras de dentes analisadas, bem como nos sedimentos do local. Para as amostras de dentes, as taxas de dose anual e idades foram estimadas através dos programas ROSY e DATA, que levam em consideração fatores como umidade e forma como o urânio foi incorporado pelos tecidos dentários, através dos modelos de captação: precoce (CP), linear (CL) e combinado (CC). Para as amostras de sedimentos, foi utilizado o programa AGE. Em relação a datação dos dentes, valores semelhantes de taxas de dose anual e idades para cada amostra foram obtidos através dos dois programas. As maiores e menores idades estimadas foram, respectivamente, para a espécie Hippidion bonaerensis: 20 ± 0,90mil anos (CP), 22 ± 0,70mil anos (CL),20± 0,80 mil anos (CC); e Haplomastodon waring: 13 ± 0,70mil anos (CP), 15 ± 0,80mil anos (CL),13 ± 0,80 kanos (CC). Em relação à datação dos sedimentos, os resultados obtidos estão dentro das perspectivas dos arqueólogos que estudam a formação geológica do sítio Lagoa do Uri de Cima, tendo sido estimado para o nível mais superficial da lagoa a idade de 3,6 ± 0,60mil anos e para o nível mais profundo 152 ± 16mil anos. Levandose em consideração os níveis estratigráficos em que os dentes da megafauna foram coletados, as idades estimadas para os dentes mostram uma coerência com as idades estimadas para os sedimentos coletados nos diferentes níveis estratigráficos da lagoa através da técnica de datação por LOE, permitindo uma maior confiabilidade para a datação dos sedimentos. Além disso, este trabalho contribuiu para a implantação da técnica de datação de dentes por espectroscopia RPE no laboratório do Grupo de Metrologia Arqueológica e Patrimonial (MAP) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o que permitirá auxiliar outras pesquisas arqueológicas e geológicas realizadas em outros sítios, além das realizadas no sítio Lagoa Uri de Cima. |