Modernidade na lata : o impacto do consumo dos leites enlatados em virtude de um modelo de modernidade no Recife (1950/1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Hanny Benning de Aguiar Ramos, Bruna
Orientador(a): Paulette Yves Rufino Dabat, Christine
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6948
Resumo: Com o término da II Guerra Mundial e início da Guerra Fria, tornava-se mais evidente principalmente no bloco capitalista a formação de uma mentalidade em que a liberdade de consumo estava associada às propagandeadas ideias de democracia, progresso e modernidade. Sob o discurso do desenvolvimento, a crescente presença de multinacionais no país e a disseminação de produtos industrializados contribuíam para consolidar esta influência de pensamento. Ao mesmo tempo, a publicidade construía representações e imperativos que induziam os indivíduos para a prática do consumo como forma de adquirir valores modernos em oposição a uma situação tradicional . Elegendo os leites enlatados como objetos referenciais e analisando tanto a opinião médica, através de entrevistas gravadas com pediatras que atuaram no período, como o comportamento feminino, sugerido pelas propagandas de jornais e revistas da época, percebeu-se como frequentemente produtos são absorvidos como dados culturais, tornando o seu consumo, muitas vezes, um problema de grande amplitude. Ao utilizar como cenário o Recife dos anos 1950/1964, que abrigou desordenadamente um grande contingente populacional atraído pelos mesmos ideais de progresso, observaremos as graves consequências nutricionais da diminuição da amamentação que, agindo sobre a realidade social, elevou os índices de mortalidade infantil na cidade, principalmente entre as famílias mais pobres, em virtude do êxodo de milhares de bebês para os bicos das mamadeiras. Espera-se, portanto, que este estudo contribua para uma atitude mais responsável em relação à forma como percebemos o consumo