Diversidade cromossômica e molecular de gafanhotos neotropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SOUZA, Tyago Eufrásio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Genetica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17917
Resumo: Nos últimos anos, alguns estudos de mapeamento cromossômico foram realizados em gafanhotos do grupo Acridomorpha, preferencialmente através do uso de sondas de sequências repetitivas. Este trabalho tem como objetivo contribuir para uma melhor compreensão dos aspectos cromossômicos evolutivos em gafanhotos acridomorfos e da diversidade genética de Ommexecha virens. Os genes de cópia única Hsp83, Hsp70, Hsp27, Ubi, Lys foram localizados nos cromossomos meióticos de Ommexecha virens, Xyleus discoideus angulatus, Tropidacris collaris e Stiphra robusta e Lys em Schistocerca pallens através de Hibridização in situ permanente (PISH). Sequências repetitivas de rDNA 45S, rDNA 5S e Histona H3 foram localizadas em O virens através de Hibridização in situ fluorescente (FISH). Em O. virens também foi analisado o cromossomo B por técnicas convencionais, diferenciais e moleculares, bem como a estrutura genética de oito populações naturais (seis de Pernambuco, uma da Bahia e uma do Ceará) do Nordeste brasileiro com o marcador ISSR (regiões entre sequências de repetições simples). Os genes de cópia única apresentaram um padrão conservado de localização em pares cromossômicos grandes, preferencialmente o L1, exceto para Hsp70 e Ubi, localizados no L2. Sinais secundários foram observados em cromossomos médios. A conservação apresentada deve-se a ausência ou pequena ocorrência de rearranjos nos cromossomos destes cariótipos, o que reduz o risco de eventos deletérios, bem como pela localização coincidente com regiões ricas em heterocromatina constitutiva. A conservação da localização destes genes indicou os cromossomos portadores dos locus gênicos ancestrais para os genes mapeados. O estudo do cromossomo B em O. virens revelou similaridade de tamanho e marcação CMA3 positiva com o cromossomo 9, sugerindo a possível origem deste cromossomo. Contudo, a presença de sítios de rDNA 45S e Histona H3 no cromossomo 9 e ausência no B, provavelmente pela deleção dessas sequências neste cromossomo, não permitem descartar a possibilidade do B ter se originado de outro cromossomo. A análise genética populacional em O. virens mostrou três cluster, os quais exibiram relação com aspectos da biologia da espécie, a paisagem dos ambientes amostrados e com as modificações geológicas ocorridas no Nordeste brasileiro, em particular a formação do complexo da Borborema e a Chapada do Araripe.