A produção de sentidos na conversação com chatterbots

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Diniz Cerqueira Leite, Isabelle
Orientador(a): Rogério de Lemos Meira, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8176
Resumo: A Internet e as novas tecnologias dirigidas à educação trazem desafios para o ambiente educacional, tornando a prática pedagógica mais participativa e proporcionando uma maior interação social em situações virtuais. Fazendo parte dessa tendência estão os chatterbots sistemas computacionais desenvolvidos para interagir com os seres humanos através da Linguagem Natural (LAVEN, 2007). O uso de chatterbots para fins educacionais vem despertando grande interesse ultimamente em centros de pesquisa no Brasil. Porém, seu uso tem restringido o estudante ao papel de formular perguntas ao chatterbot a fim de obter respostas. Sustentamos que esse tipo de uso restringe o potencial pedagógico do chatterbot, limitando-o a um transmissor de informações, e nem garante que os estudantes aprendam os conteúdos debatidos na conversação. Partindo dessa discussão, este trabalho teve como objetivo investigar o processo de produção de sentidos de alunos de 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental durante a conversação com um chatterbot especializado em Educação Ambiental, a fim de avaliarmos se essa tecnologia é útil ao processo de ensino-aprendizagem. As discussões teóricas e a elaboração metodológica do presente trabalho basearam-se na perspectiva dialógica (BAKHTIN, 2003, 2004; MARKOVÀ, 1990, 2006a, 2006b; ROMMETVEIT, 1990). Os resultados encontrados apontam para movimentos linguísticos diversos, elaborados pelos alunos durante a conversação com o chatterbot. Ao oportunizar nos alunos o diálogo interno com discursos que eles têm internalizados, e o diálogo entre discursos, esses movimentos permitem que os sentidos sejam produzidos na conversação. Com base nesses achados, concluímos que chatterbots são úteis ao processo de ensino-aprendizagem, se forem projetados para favorecerem uma atmosfera dialógica durante a conversação, por meio da qual os alunos tornam-se capazes de produzir sentidos