Modelagem ecológica de fungos poroides ocorrentes no Brasil com ênfase na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SANTOS, Danilo Chagas dos
Orientador(a): GIBERTONI, Tatiana Baptista
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43620
Resumo: Fungos poroides são caracterizados por apresentar himenóforo tubular na superfície inferior do basidioma, formando poros. Os fungos desse grupo são, em sua marioria, representantes das ordens Hymenochaetales Oberw. e Polyporales Gäum. Contudo, estudos sobre a distribuição das espécies desse grupo ainda são escassos para o Brasil. Este trabalho, então, teve como objetivos a elaboração de modelos de distribuição de espécies poroides, com ênfase nas com potencial medicinal e biotecnológico, e analisar as variáveis ambientais que influenciam o aparecimento e permanência destes organismos, principalmente na Mata Atlântica. Seis espécies de cada ordem foram selecionadas (Fomitiporella umbrinella, Hymenochaete damicornis, H. iodina, H. luteobadia, Phellinus extensus, e P. fastuosus, Coriolopsis rigida, Earliella scabrosa, Fomes fasciatus, Hexagonia hydnoides Microporellus obovatus e Rigidoporus lineatus), utilizando-se a plataforma Specieslink e pontos de ocorrência baixados através do GBIF. As espécies modeladas através do programa MaxEnt e editadas pelo QGis foram analisadas por meio de 20 variáveis extraídas do WorldClim somadas a 10 variáveis de vegetação derivadas do EarthEnv. As espécies foram avaliadas e validadas pelos valores de AUC e pela técnica bootstrap. Os modelos mostraram valores altos de desempenho e boa performance para todas as espécies. As análises demonstram que a precipitação e vegetação foram as variáveis que mais influenciaram na distribuição das espécies, além da temperatura. Áreas de Mata Atlântica apresentam alta adequação para ocorrência de fungos poroides, embora muitas áreas adequadas ainda permaneçam desprotegidas. Além disso, poucos registros de herbários podem gerar modelos de bom desempenho para essas espécies. Estudos futuros são necessários para outras espécies, novas áreas e biomas do Brasil.