Distribuição espacial e temporal de Peixes-Bois (Trichechus manatus) reintroduzidos no Litoral Nordestino e avaliação da primeira década (1994-2004) do programa de reintrodução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lima, Régis Pinto de
Orientador(a): Passavanté, José Zanon de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8345
Resumo: Muitos filhotes de peixe-boi marinho (Trichechus manatus) encalham em praias do nordeste, sendo resgatados e translocados para Itamaracá, Pernambuco (7.802ºS/34.835ºW), cuja infra-estrutura do CMA/ICMBio, sede do Projeto Peixe-Boi, envolve a reabilitação destes filhotes para posterior reintrodução. Entre outubro de 1994 e dezembro de 2004, treze destes animais reabilitados em cativeiro foram soltos em três áreas de reintrodução na costa nordeste, sendo onze filhotes e dois subadultos. Todos estes animais foram marcados individualmente com transponders e colocados radio-transmisssores VHF, sendo que três rádios utilizaram conjuntamente radio-transmissores VHF e satelital. O principal objetivo foi acompanhar o processo de readaptação e entender como peixes-bois criados em cativeiro e reintroduzidos usaram o ambiente natural. O monitoramento abrangeu o litoral de seis estados nordestinos, entre Praia do Forte/Bahia (12.538ºS/38.474ºW) e Macau/Rio Grande do Norte (5.084ºS/36.682ºW), numa extensão de 1200km de linha de costa. Cinco destes (39,5%), tiveram um período de monitoramento maior que 14 meses (Total= 339; Maximo= 88,7; Média= 67,7; DP= 52,4) e encontraram os critérios para inclusão nas análises espaciais e temporais. Três destes animais apresentaram um comportamento de movimentação ao longo da costa, caracterizando uma extensa Área de Vida dentro desta, utilizaram poucas áreas de permanência contínua (Sítios de Fidelidade). Outros dois animais tiveram uma Área de Vida restrita a um único Sítio de Fidelidade. Dois animais em pouco tempo de monitoramento tiveram que ser recapturados por apresentarem um movimento errático e contínuo, sendo um resgatado a 85 metros de profundidade no litoral de Sergipe. Quatro animais não tiveram tempo suficiente de monitoramento. Foi observado um padrão de movimentos sazonais para aqueles animais de extensa Área de Vida, sendo o período da estação seca o que apresentou uma maior ocorrência dos movimentos de ida e volta ao Sítio de Fidelidade. A sobrevivência e adaptação destes cinco animais monitorados por longo tempo, o repovoamento de áreas de descontinuidade na atual distribuição da espécie, bem como o nascimento do filhote de LUA em 2003, são indicadores de sucesso deste pioneiro Programa de Reintrodução