Metaorquestração instrumental : um modelo para repensar a formação de professores de matemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: COUTO, Rosilângela Maria de Lucena Scanoni
Orientador(a): GOMES FERREIRA, Verônica Gitirana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32844
Resumo: Esta pesquisa objetiva desenvolver e experimentar um modelo de formação de professor que empodere o docente a conceber, para uma dada situação (Vergnaud), orquestrações instrumentais (Trouche) para dar suporte à gênese instrumental do estudante. Esse modelo, a Metaorquestração Instrumental (MOI), é definido como uma gestão sistemática e intencional, por um(uns) formador(es), de artefatos e professores (ou licenciandos) para enfrentar uma Metassituação (MS), definida como uma composição de cinco situações de diferentes naturezas e níveis de dificuldades: reflexão sobre a fundamentação teórica; enfrentamento de uma situação matemática com artefatos digitais; observação de uma orquestração instrumental; reflexões sobre a articulação teórico e prática; síntese e análise das reflexões. A MOI é composta de uma composição de orquestrações instrumentais (sequenciadas ou imbricadas), cada uma das OI operando sobre uma componente da MS. O Design Experiments (Brown) fundamentou a metodologia iterativa que deu suporte ao design de tal modelo. Sua primeira versão foi uma aula para estudantes de mestrado, especialmente desenvolvida para a introdução da noção da Orquestração Instrumental. Ela deu origem ao design do primeiro modelo da MOI. Um re-design desse modelo foi experimentado em uma turma de licenciatura em matemática com 23 estudantes e duas formadoras, e analisado graças à metodologia de análise microgenética-videográfica. Tal análise permitiu a expansão do primeiro modelo, adicionando novos conceitos, como: reação ad hoc, metaconfiguração didática, metamodo de execução e metaperformance didática; novas características, como flexibilidade e interactividade; e novos fenômenos, como efeito cascata. As interações na MOI dão luz não apenas à relação sujeitoartefato, mas também ao trabalho coletivo e à mediação, componentes essenciais do modelo de formação de professor.