Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
BEZERRA, Alexandre Chaves |
Orientador(a): |
GONÇALVES, Claudio Ubiratan |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44949
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Resumo: |
Nossa pesquisa buscar compreender os processos da rápida e expansiva territorialização dos negócios dos ventos materializados, principalmente, na forma de complexos e parques eólicos (wind farms) de larga escala sobre os territórios camponeses e suas dinâmicas no nordeste do Brasil, especificamente, no município de Caetés, agreste de Pernambuco. Ao mesmo passo que tais empreendimentos da afirmada energia “limpa” são territorializados mediante contratos de arrendamento ou não, a depender da situação de vulnerabilidade fundiária, famílias camponesas são desterritorializados ou possuem suas dinâmicas sociais, econômicas e culturais desmanteladas devido aos impactos socioambientais e territoriais das atividades de geração energia elétrica através da afamada energia eólica, gerando casos de injustiça socioambiental e territorial. Para tanto a pesquisa foi desenvolvida mediante trabalho de gabinete e de campo junto a Comissão Pastoral da Terra (CPT), participando de debates e reuniões entre famílias camponesas e empresa à audiências públicas. Sendo assim, adotamos a metodologia da pesquisa-participante. Dessa forma, num primeiro momento resgatamos criticamente a história do desenvolvimento da energia elétrica no Brasil e as políticas públicas que auxiliaram a consolidar a energia eólica, perpassando, pelo desenvolvimento do setor eólico no país e no mundo. Já a segunda parte da dissertação discutimos como os territórios camponeses são impactados, sua constituição no agreste pernambucano, sua caracterização, sua territorialidade, um olhar analítico sob os territórios camponeses e eólicos, além das relações de poder inerentes a formação e reconfiguração territorial. Assim, nos propomos a analisar, igualmente, como a reconfiguração territorial dos territórios camponeses do nordeste brasileiro pelos negócios dos ventos a partir dos seus parques eólicos geram inúmeros casos de injustiça socioambiental e territorial de forma incrivelmente veloz com a chancela do Estado capitalista brasileiro. |