Pode o subalterno estudar? Cartografia da desigualdade de oportunidades para o acesso ao ensino superior pela classe trabalhadora periférica
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56275 |
Resumo: | Enquanto as pesquisas sobre desigualdades de oportunidades, no que diz respeito ao acesso à educação, são construídas sob a ótica da análise estatística, por vezes negligenciando fatores subjetivos e qualitativos para uma compreensão mais profunda da realidade, este estudo tem como mapeamento principal investigar a relação estabelecida entre os filhos da classe trabalhadora que residem nos arredores da Universidade de Pernambuco com o acesso ao ensino superior com vistas a desigualdade de oportunidades vivenciada no processo formativo escolar, a partir da cartografia proposta por Deleuze e Guattari (2011). Leva em consideração, ou como intermezzo, os condicionantes de classe e território para acompanhar os processos de subjetivação da realidade, que reveste os percursos educacionais de estudantes do ensino médio da Escola de Referência em Ensino Médio Anibal Fernandes e a Escola de Referência em Ensino Médio Ginásio Pernambuco. Pauta-se, sobretudo, na escrita agonística (Nietzsche, 2003), na experiência (Larrosa, 2021), na herança social (Boudon, 1981), e no sucesso/fracasso escolar (Lahire, 1997; 2002; 2006) como pontos de um rizoma para (re)pensar os caminhos e trajetórias dos estudantes moradores do bairro de Santo Amaro, no Recife, para o acesso ao ensino superior. Assim, o estudo contribui para ampliar os debates acerca da desigualdade de oportunidades a partir das conversações estabelecidas com estudantes que percorrem essa trajetória orientadas pelas ancoragens teóricas, pensando nos aspectos de subjetivação da realidade como marcadores importantes de compreensão dos percursos educacionais. |