Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Weslley Felix de |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30486
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Resumo: |
Implantes ortopédicos e dentários são usualmente fabricados com o titânio (Ti) por causa de sua biocompatibilidade. Os implantes estão susceptíveis a uma ineficaz e demorada integração com o tecido ósseo circundante, osseointegração, podendo prolongar o processo de cicatrização e propiciar infecções no local. Os nanotubos de dióxido de titânio (TNTs) têm sido uma estratégia de modificação de superfícies de implantes de Ti. Ademais, as propriedades osteogênicas dos TNTs podem ser melhoradas pela sua funcionalização com moléculas bioativas. Portanto, o presente trabalho objetivou imobilizar a lectina purificada das sementes de Cratyllia mollis (Cramoll 1,4) em TNTs revestidos com filmes automontados dos polieletrólitos hidrocloreto de polialilamina (PAH) e ácido poliacrílico (PAA). Por conseguinte, verificar a ação das diferentes superfícies sobre a adesão e proliferação de células semelhantes a osteoblastos. Foi objetivado também realizar uma revisão detalhada na literatura sobre como as biomoléculas podem ser usadas para funcionalizar os TNTs e melhorar a aplicabilidade dessas nanoestruturas na biomedicina. Os TNTs foram obtidos pelo processo de anodização e a técnica Layer-by-Layer (LbL) possibilitou o revestimento dos TNTs com cinco camadas alternadas de PAH e PAA. A morfologia dos TNTs foi avaliada pela microscopia eletrônica de varredura. As superfícies dos nanossistemas foram caracterizadas pelas técnicas de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) e microscopia de força atômica (AFM); a caracterização eletroquímica também foi feita pela espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS). A atividade de Cramoll 1,4 após funcionalizar os TNTs foi avaliada através do teste de ligação à ovoalbumina. A adesão das células nas diferentes superfícies foi analisada pela microscopia de fluorescência e a proliferação celular pelo ensaio com o corante resazurina. Os TNTs apresentaram diâmetro e espessura média da parede de 70,9 e 10,1 nm, respectivamente, e o processo de LbL não modificou a morfologia dos TNTs. Tendo a última camada do LbL sobre os TNTs (TNTs-LbL) formada com o PAH, permitiu a disposição de grupos amina para a interação eletrostática com os grupos carboxila de Cramoll, e, assim, promoveu a imobilização de Cramoll 1,4 (TNTs-LbL-Cramoll). A análise de FTIR possibilitou a confirmação da lectina no nanossistema TNTs-LbL-Cramoll pois evidenciou o aparecimento das bandas Amida I e Amida II. Através da AFM foi verificado que após as etapas de modificação da superfície dos TNTs houve aumento da rugosidade. A EIS mostrou maior resistência à transferência de elétrons na presença de Cramoll 1,4 nos substratos. Essa lectina continuou com sua bioatividade quando imobilizada nas matrizes nanotubulares pois conseguiu se ligar à ovoalbumina. A microscopia de fluorescência demonstrou uma maior adesão celular nos TNTs-LbL e nos TNTs-LbL-Cramoll quando comparadas às superfícies com apenas TNTs. A lectina, principalmente nas concentrações de 80, 160 e 320 μg/mL, no nanossistema TNTs-LbL-Cramoll estimulou maior proliferação celular em comparação com as outras matrizes. Biomoléculas podem ser usadas para carregar e/ou revestir os TNTs e, assim, aprimorar as aplicações biomédicas dessas superfícies nanoestruturadas. Portanto, os resultados sugerem que a funcionalização de implantes de Ti baseados em TNTs com a lectina Cramoll 1,4 pode promover uma maior rapidez no processo de osseointegração. |