Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Caio Lima dos |
Orientador(a): |
SILVA, Osvaldo Girão da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18687
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Resumo: |
Enchentes e inundações constituem um fenômeno geomorfológico que decorre do aumento da vazão das águas pluviais que escoam numa bacia hidrográfica. O primeiro fenômeno ocorre de forma sazonal, no período de maior pluviosidade, provocando o aumento dos níveis de água no canal fluvial. No segundo caso, as águas extravasam o canal, alcançando o leito maior, dito excepcional. Nesse caso, as causas desse fenômeno estão atreladas a interferência antrópica no sistema bacia hidrográfica, como resposta ao aumento da vazão e aumento da velocidade dos picos de cheias. Nesse contexto, tais fenômenos tornam-se uma situação de risco para a população, principalmente nas grandes cidades, que em geral, cresceram de modo acelerado e desorganizado, sendo a urbanização seu principal fator gerador. A análise morfométrica é uma importante ferramenta para a compreensão da dinâmica geomorfológica e para o planejamento das atividades socioeconômicas nas bacias hidrográficas. Os índices morfométricos podem fornecer importantes informações para o planejamento, como por exemplo, a suscetibilidade a ocorrência de enchentes e inundações. Tal abordagem permite conhecer o modo como os principais processos do ciclo hidrológico se comportam em determinada bacia, tais como a infiltração e escoamento superficial. O estudo morfométrico da bacia do rio Jaguaribe, localizada no contexto urbano da cidade de João Pessoa/PB, utilizou o índice de circularidade, a densidade de drenagem, o fator forma e o coeficiente de compacidade, cujos valores encontrados para o estudo indicam uma bacia com baixa suscetibilidade a ocorrência de enchentes. A caracterização física da área de estudo revela a ocorrência de um relevo esculpido sobre rochas sedimentares, semiplano e tabular, pouco dissecado, havendo poucas áreas de declives acentuados. Os canais fluviais apresentam poucas variações altimétricas, o que garante um fluxo laminar, de baixo poder erosivo. Essa relativa estabilidade encontrada na caracterização física da referida bacia, é perturbada pelo processo de urbanização observado nos últimos 35 anos, que tem se refletido na formação de acentuados processos erosivos na porção interfluvial da bacia e o consequente assoreamento dos canais fluviais. Some-se a esse aspecto o aumento do escoamento superficial, causado pela impermeabilização do solo e a construção de residências dentro da planície e do canal fluvial. A conjugação desses fatores resulta na formação de áreas de risco de enchentes e inundação, além do risco de movimentos de massa, que por sua vez, surgem como produtor do modo como ocorre o uso e ocupação da terra. Portanto, a ocorrência de áreas de risco na bacia do rio Jaguaribe é resultado da relação dos aspectos físico-naturais com o modo de uso e ocupação da terra. |