Efetividade de uma intervenção participativa para promoção e apoio ao aleitamento materno por meio de rede social on-line: ensaio clínico randomizado
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Nutricao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33720 |
Resumo: | Importantes estratégias para a proteção, promoção e apoio à amamentação foram instituídas no Brasil, mas a realidade do país ainda é de persistência do desmame precoce. Essas estratégias necessitam serem mais efetivas no fortalecimento de uma rede de apoio a mulher que amamenta, especialmente no pós-parto. O apoio oferecido às mães neste período pode ser decisivo para a manutenção do aleitamento materno. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a efetividade de uma intervenção participativa em rede social on-line para promoção e apoio ao aleitamento materno, desde a alta hospitalar da puérpera até o sexto mês seguinte. Realizou-se um ensaio clínico randomizado, no período de 2016-2017, que envolveu 251 nutrizes e seus respectivos filhos de um hospital universitário do Nordeste do Brasil, 123 alocadas no grupo intervenção e 128 no grupo controle. Após a alta hospitalar, o grupo intervenção foi acompanhado por meio de um grupo fechado em rede social on-line onde foram publicados cartazes semanais sobre temas relacionados à amamentação e estabelecido comunicação ativa com as mães. Os grupos foram entrevistados mensalmente por contato telefônico até a criança completar seis meses. O teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher, t-Student e Mann-Whitney foram utilizados para comparação entre os grupos das frequências, medias e medianas das variáveis. A duração do aleitamento materno foi calculada pela análise de sobrevivência e o efeito da intervenção foi estimado pelo modelo de regressão de Cox. As frequências de aleitamento materno foram maiores no grupo intervenção em todos os meses de acompanhamento, alcançando 84,2% no sexto mês versus 75,2% no grupo controle (p=0,087). O tempo médio de sua duração foi de 172 dias (IC95%:165,8-178,3) no grupo intervenção e de 159 dias (IC95%:150,1-168) no grupo controle (p=0,072). O risco proporcional de interrupção do aleitamento materno foi estimado em 0,57 (IC95%:0,32-1,03, p=0,065). Em relação à amamentação exclusiva, as suas frequências também foram maiores no grupo intervenção em todos os meses de acompanhamento, alcançando 33,3% no sexto mês versus 8,3% no grupo controle (p<0,0001). A mediana total do aleitamento materno exclusivo, de toda a amostra, foi de 117 dias (IC95%:101,5-132,5), sendo maior no grupo intervenção, 149 dias (IC95%:129,6-168,4), do que no grupo controle que foi de 86 dias (IC95%:64,9-107,1), (p<0,0001). O risco proporcional de interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo foi 0,38 (IC95%:0,28-0,51, p<0,0001), demonstrando que a intervenção foi um fator de proteção que reduziu as taxas de interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses em 62%, comparado com o grupo controle. Portanto, esta intervenção foi efetiva para promoção e apoio à amamentação, aumentando significantemente a duração e frequências do aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Sendo assim, a presente pesquisa propõe que os resultados encontrados colaborem para ressaltar uma metodologia inovadora de promoção e apoio ao aleitamento materno no período pós-natal que poderá ser utilizada na rotina dos serviços de saúde. |