Avaliação da atividade anti-inflamatória, antinociceptiva, antipirética e antioxidante de substâncias isoladas de sementes de Indigofera suffruticosa Mill

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: CAMPOS, Janaina Karin de Lima
Orientador(a): LIMA, Vera Lúcia de Menezes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26881
Resumo: Conhecida popularmente como “anil” ou “anileira, a Indigofera suffruticosa, é empregada na medicina popular para tratamento de processos inflamatórios e infeccioso, porém poucos estudos foram realizados com o objetivo de estabelecer suas possíveis atividades farmacológicas. Com isto, o presente estudo avaliou as possíveis ações antinociceptiva, anti-inflamatória, antipirética, antidiarréica e antioxidante de extratos orgânicos das vagens secas de I. suffruticosa e ações antinociceptiva, anti-inflamatória, antipirética e antioxidante de uma fração semipurificada de extrato metanólico de vagens secas de I. suffruticosa. Investigações dos metabólitos secundários produzidos por I. suffruticosa foram realizados através do método de cromatografia de camada delgada (CCD). A atividade antinociceptiva foi investigada pelos modelos de contorção abdominal e placa quente. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pelos modelos de edema de pata e peritonite (20 e 40 mg/kg, fração). A atividade antidiarreica dos extratos metanólicos (200 e 400 mg/kg) foi investigada através de diferentes metodologias utilizando óleo de Rícino com agente indutor de diarréia. A atividade antipirética do extrato metanólico (200 e 400 mg/kg) foi investigada pelo modelo de Yeast Breath. A atividade antioxidante in vitro dos extratos orgânicos (50 – 500 μg/ml) foi analisado pelo método de DPPH. No modelo de contorções induzidas por ácido acético todos os extratos (éter, clorofórmio, acetona e metanol – 400 mg/kg) apresentaram excelente inibição das contorções quando comparado com o controle. A fração rica em açúcar de I. suffruticosa (20 e 40 mg/kg) também foi capaz de inibir as contorções abdominais. Assim como no modelo de nocicepção de placa quente, apenas os extratos clorofórmio, acetona e metanol (400 mg/kg) se destacaram aumentando o tempo de latência, e também a fração isolada de I. suffruticosa na dose mas elevada, apresentando ação duradoura de até 3 horas. No modelo de edema de pata induzida por carragenina observou-se uma diminuição significativa do edema nos animais tratados com os extratos acetônico e metanólico (dose 400 mg/kg - 60,1 e 58,7%, respectivamente), além também da fração nas doses 20 e 40 mg/kg (70,2 e 73,2%, respectivamente) de I. suffruticosa num período de 5 horas. Na indução da inflamação no modelo de peritonite induzida por carragenina, ambos os extratos (400 mg/kg) promoveram significativamente uma redução na migração leucocitária e também as doses testada da fração (20 e 40 mg/kg) foram capazes de diminuir o acúmulo de neutrófilos na cavidade peritoneal dos camundongos no tempo de 4 horas. No modelo de diarreia induzida em todas as metodologias aplicadas foi possível observar atividade antidiarréica significativa do extrato. Na indução de febre por yeast breath, ambas as doses do extrato metanólico promoveu significativamente a redução da pirexia no animal. Todos os extratos orgânicos testados no modelo de DPPH apresentaram atividade antioxidante (variação de 59,8 – 73 %). O conjunto de resultados sustenta a hipótese popular que a Indigofera suffruticosa possui ações antinociceptivas e anti-inflamatórias, como também atividade antidiarréica, além de contribuir para o acervo científica, destaca também sua potencialidade e utilidade para desenvolvimento de novos fármacos.