O funcionamento discursivo das hashtags pela/na TV
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29672 |
Resumo: | Fundamentado nos preceitos teóricos e metodológicos da Análise do Discurso materialista, conforme fundada por Michel Pêcheux, este trabalho tem como objetivo analisar o funcionamento discursivo das hashtags a partir do seu uso pela/na TV. A hashtag surgiu no site de rede social Twitter em 2007 e, desde então, dada a popularidade que ganhou, passou a ser utilizada não só na Internet, mas também em outros meios de comunicação, assumindo, dessa forma, funções distintas da que possuía inicialmente no site: o agrupamento de tweets em torno de um mesmo assunto. São essas novas funções propostas pela TV que procuramos compreender nesta pesquisa. Para tanto, adotamos como material de análise: i) um conjunto de tweets sobre a minissérie Amorteamo, exibida pela Rede Globo entre maio e junho de 2015, marcados com a #Amorteamo; ii) publicações da seção “participe” do site Gshow, da Rede Globo, que mencionam a hashtag como uma forma de participar dos programas da emissora; e iii) o episódio final da terceira edição do programa MasterChef Brasil, exibido no dia 23 de agosto de 2016, pela Rede Bandeirantes, que exibe na tela a #MasterChefBR e o contador de tweets sobre o programa. Pensando especificamente nas questões colocadas em função do uso das hashtags pela TV, organizamos este trabalho em duas seções. Na primeira delas, abordamos a Internet, origem e cultura, a constituição de redes sociais através do Twitter, as hashtags e sua apropriação para outros fins, entendendo-os como parte das condições de produção e circulação do nosso corpus. Na segunda seção, nos dedicamos ao corpus em um movimento constante entre teoria e análise, mobilizando, de tal modo, as noções de: arquivo, juntamente com a sua gestão, o controle e os seus processos de legitimação; de interlocução e de interação, sendo o primeiro o movimento dos/entre os sujeitos e o segundo o movimento do sujeito com a máquina (GRIGOLETTO, 2011). Além disso, fazemos algumas reflexões sobre os métodos de tratamento do texto (PÊCHEUX, [1982], 2010) por meio da quantificação das hashtags na TV. À vista disso, as análises indicam que as hashtags são utilizadas pela/na TV como uma forma de produzir relevância/audiência na Internet e, assim, fazer com que os sujeitos usuários permaneçam conectados a ela, colocando-a como um espaço de investimento de capital, tudo isso sob o que estamos chamando aqui de efeitos de interlocução. |