Pode o subalterno filmar? : a poética política dos filmes La noire de... e Soleil ô

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Jonas Alexandre do
Orientador(a): Soares, Paulo Marcondes Ferreira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13843
Resumo: Este trabalho tenta responder à necessidade de se estudar as práticas e os discursos das experiências cinematográficas africanas da década de 1960, a partir da análise dos filmes La Noire De... (1966) e Soleil Ô (1967), de Ousmane Sembène e Med Hondo, respectivamente. Neste sentido, ele tem como objetivo principal entender a forma como os cineastas deste período orientaram estética e politicamente seus filmes, ao reescreverem as suas próprias histórias, tomando o controle das imagens como um “local de fala” e “contra-narrativa” anti(neo)colonialista. Como objetivo secundário, este trabalho também busca elaborar uma apresentação geral de algumas questões ligadas à construção discursiva da alteridade africana a partir da produção de conhecimento sobre África e sobre os africanos na história, a fim de melhor entender a influência desse mesmo discurso nas representações cinematográficas e artísticas hegemônicas e sua contraposição estética e política nos projetos cinematográficos dos cineastas do período aqui analisado. Deste modo, a interpretação dos filmes deve estar atenta à dimensão tensa entre forma e conteúdo; entre os fatores fílmicos e os fatores extrafílmicos. Todavia, por meio de uma leitura dialética que não busque separar estas duas dimensões (textuais e contextuais), mas entender como a “poética do filme” reinventa e expressa a própria “política”.