Efeito antineoplásico do extrato aquoso do Plectranthus amboinicus na forma ascítica do carcinoma de Ehrlich

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: BRANDÃO, Eduardo Miranda
Orientador(a): LACERDA, Claudio Moura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10552
Resumo: casos novos por ano nos EUA e, em 2012, 17.700 casos novos no Brasil. Foi ressaltada a necessidade de estudos experimentais e novas abordagens com uso de quimioterápicos e agentes biológicos. A Peritonectomia com Quimioterapia Hipertérmica Intraperitoneal e Citoredução (HIPEC) tem sido usada como recurso de tratamento atual. O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta e o Departamento de Antibióticos (DA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) acumula considerável experiência científica com o uso experimental de derivados de plantas no tratamento de tumores. A partir de estudo experimental prévio do DA, quando se avaliou o efeito antineoplásico do Extrato Alcoólico da planta Plectranthus amboinicus (Pa), foi feito o presente estudo em camundongos Albinos Suiços da espécie Mus Musculus , nos quais foi realizada indução da forma ascítica do carcinoma de Ehrlich (CEA) a partir da injeção intraperitoneal (ip) . O experimento compreendeu um grupo tratado de 6 animais (G1) e outro controle (G2) de igual número avaliados num período de 9 dias . No dia 1 (D1) foi feita a injeção ip, em G1 e G2, de 0,3 ml de líquido ascítico com CEA. A partir desta data foi feita avaliação de parâmetros clínicos , como peso, piloereção, mobilidade e medições abdominais longitudinais e transversas. Do D3 até o D9 foi feita injeção diária ip de 200 mg/kg de Extrato Aquoso de Pa (EAPa) no G1. No G2 foi feita, no mesmo período, injeção ip de 0,5 ml de solução fisiológica a 0.9 %. No D9 os animais foram sacrificados e analisados: volume da ascite, presença de implante tumoral na parede abdominal, aspecto da ascite. Foram encaminhadas amostras, de G1 e G2, para estudo citométrico e citomorfológico. Foram avaliados na citometria o número de leucócitos totais, mononucleares e polimorfonucleares, além da contagem das células de CEA. Na citologia foram avaliados aumento do volume nuclear, hipercromasia, alterações da relação núcleo-citoplasma, irregularidades do contorno nuclear, cromatina com distribuição irregular, nucléolos anormais ou múltiplos e mitoses atípicas. Observou-se aumento significativo de peso no G2, que todos os animais do G1 apresentaram piloereção e a mobilidade foi igual em G1 e G2. Constatado maior medição abdominal transversal no G2. Foi observado significante menor volume de ascite no G1 e que 66% dos animais do G2 tiveram implantes tumorais na parede abdominal contra nenhum no G1. Foi observado um maior número de leucócitos e de células tumorais no G2. Os aspectos citomorfológicos foram iguais em ambos os grupos. Conclui-se que o EAPa promoveu menor aumento do peso dos animais, toxidade tolerável, e não causou alterações da mobilidade. No G1 houve menor aumento de uma medição abdominal e não houve implantes na parede abdominal. Também constatou-se que o EAPa promoveu melhor controle da ascite e menor contagem de celular tumorais no líquido ascítico. Não houve diferenças citomorfológicas entre os dois grupos. Conclue-se que o EAPa produz efeito antineoplásico na forma ascítica do carcinoma de Ehrlich.