Validação do pain medication questionnaire para uso no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GALINDO, Sheila Raposo
Orientador(a): LIMA, Murilo Duarte da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Rede Nacional para Ensino das Ciências Ambientais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32744
Resumo: O Pain Medication Questionnaire avalia o risco de comportamento sugestivo de abuso de opioides em pessoas com dor crônica não oncológica. O estudo metodológico objetivou adaptar transculturalmente e validar o Pain Medication Questionnaire. Realizado em duas fases: execução do protocolo de adaptação transcultural e verificação das propriedades psicométricas do instrumento. Na adaptação transcultural, participaram 9 especialistas e uma amostra de 40 usuários de opioides em tratamento no Hemocentro de Pernambuco para crises álgicas em portadores de anemia falciforme. Na validação clínica do instrumento, a amostra constituiu-se de 130 usuários de opioides na emergência e 130 usuários de opioides no ambulatório, todos em tratamento no Hemocentro. A revisão de literatura realizada nas bases de dados PubMed, SCOPUS, CINHAL, Web of Science e Cochrane concluiram 16 instrumentos cujas medidas psicométricas apresentaram confiabilidade 0,6-0,88; sensibilidade 0,58-0,97; especificidade 0,68-99,4; Cronbach 0,33-0,92, com amostras de conveniência e aleatórias, entre preditivas e discriminativas. No estudo de adaptção transcultural as médias dos índices de concordância das equivalências foram: semântica (0,996), idiomática (0,970), experiencial (0,991), conceitual (0,953), clareza de linguagem (0,991), pertinência prática (0,906), relevância teórica (0,945), que demonstraram um processo satisfatório. A avaliação do instrumento revelou Cronbach 0,70, variando de 0,641-0,736 entre seus itens, e metade dos participantes com escore equivalente a médio risco de comportamento sugestivo de abuso de opioides. Enquanto que no estudo de validação clínica, obteve-se um Cronbach 0,811, variando de 0,790-0,837 entre seus itens e amostra final classificada com comportamento de alto/médio risco para o abuso de opioide, apresentando um escore variando de 64-94 e mediana igual a 86,50. A análise fatorial identificou oito domínios, responsáveis por 71,80% da variância total, distribuídos na matriz de componentes. Conclui-se que o instrumento é de fácil aplicação e compreensão, sendo satisfatório o processo de adaptação para utilização na população brasileira. Considerado válido e confiável para avaliar o risco de comportamento sugestivo de abuso de opioides em pessoas com dor crônica não oncológica no Brasil. A contribuição deste estudo abrange a utilidade clínica, por colaborar com a práxis profissional e com a compreensão dos usuários de opioides sobre sua dinâmica comportamental, bem como para a pesquisa, por ser uma ferramenta útil à investigação científica.