Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
BOAS, Ludmilla Lima Vilas |
Orientador(a): |
FERREIRA, Sandra Patrícia Ataíde |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UFPE
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14106
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo geral verificar o desempenho na compreensão textual de cegos de diferentes níveis de formação frente a três notícias em três diferentes instâncias mediadoras de leitura: o braile, o ledor humano e o ledor digital; e como objetivos específicos: 1) Averiguar as experiências de leitura, o acesso e a utilização das três instâncias mediadoras de leitura por cegos de diferentes níveis de formação; 2) comparar a natureza da compreensão textual de cegos frente às notícias tendo-se as três diferentes instâncias mediadoras de leitura: o braile, o ledor humano e o ledor digital; 3) verificar a natureza das inferências geradas pelos cegos de diferentes níveis de formação frente às notícias tendo-se as três diferentes instâncias mediadoras de leitura. Para tal, participaram 27 cegos, que foram divididos em três grupos, organizados a partir do nível de formação. Para efetivação dos objetivos foram realizadas entrevistas semiestruturadas individuais e sessões de compreensão textual, utilizando-se três notícias em cada instância e realizando 5 perguntas para cada notícia. Os dados das sessões de compreensão textual foram analisados qualitativamente e quantitativamente. No caso das entrevistas, a análise se deu baseada na perspectiva dos núcleos de significação. Sendo assim, foram encontrados os seguintes resultados: como a compreensão da notícia é mais pontual, focada nos elementos do acontecimento mencionado no texto, as respostas às perguntas 1, 2 e 3, pelo fato de estarem relacionadas ao título das notícias, nos protocolos dos 27 participantes não houve a elaboração de inferências de base contextual, ficando as respostas ou na categoria “completas”, ou “inadequadas”, quando o participante realizava algum tipo de inferência sem base textual. Verificou-se que a natureza da compreensão independe do nível de formação, estando relacionado ao contexto em que se utilizam as instâncias e à experiência em leitura. Para as entrevistas, foram destacados os seguintes indicadores da instância braile: Material limitado: tanto em relação ao acesso, como ao elevado custo; Independência e autonomia proporcionadas pelo braile e falta de preparo dos professores e dos familiares em relação ao ensino do braile. Para o ledor digital, os indicadores foram: diversidade de materiais; limitação quanto ao transporte do recurso tecnológico; auxílio aos estudos; menor tempo exigido para a leitura e maior possibilidade de socialização. Já no caso do ledor humano, foram destacados os seguintes indicadores: universalidade de acesso; auxílio à formação; importância fundamental em relação aos elementos gráficos e menor autonomia de escolha e independência. Foi observado que a utilização das três instâncias apresentou restrições de natureza interna, determinadas pelas próprias características das instâncias, e restrições de ordens externas. Ademais, percebe-se que cada instância carrega benefícios e limitações, ficando a escolha por cada uma, seja o braile, o ledor digital ou o ledor humano, vinculada às necessidades específicas de leitura e ao contexto em que cada leitor cego encontra-se inserido. |