Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SOARES, Mônica de Sá |
Orientador(a): |
LIMA, Ana Maria Costa de Araujo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras (Profletras)
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41650
|
Resumo: |
A prática de sala de aula de muitos docentes de Língua Portuguesa, ainda hoje, se orienta por um viés tradicional, centrado no estudo da gramática normativa e da apreensão de suas regras, distanciando-se, assim, de uma abordagem sociointeracionista, que articule a análise e a reflexão sobre o uso e funcionamento dos elementos linguísticos, em textos e contextos diversos, ou seja, de um trabalho centrado na Análise Linguística (AL). Acreditamos que isso se deva ao desconhecimento de como viabilizar esse tipo de trabalho na lida diária. Supomos que esse seja um dos fatores responsáveis por resultados tão pouco promissores, quando nossos estudantes são avaliados nas suas competências leitora e escritora. Motivados por esse panorama, surge, então nosso questionamento: como a prática de AL pode colaborar, em especial, com o desenvolvimento das habilidades leitora e escritora do aprendiz? Visando encontrar respostas para essa pergunta, estabelecemos como objetivo geral da nossa pesquisa o de investigar quais os resultados efetivos de reflexão sobre o sistema linguístico promovidos pela prática de AL a partir do gênero resenha crítica cultural. Quanto ao procedimento de investigação adotado, realizamos uma pesquisa-ação qualitativa, por meio da análise das produções textuais de alunos do 9.º ano do Ensino Fundamental da Escola da Rede Pública Estadual Prof.ª Inalda Spinelli. Como fundamentação teórica, buscamos subsídios, principalmente, em Antunes, (2007, 2014), Bakhtin (2003, 2006), Bezerra (2013), Costa Val (2002), Geraldi (1997, 2003, 2009, 2015), Faraco (1999, 2008), Franchi (1988, 1991), Mendonça (2006, 2007), Suassuna (2007, 2012) dentre outros autores que adotam a concepção sociointeracionista da língua e em documentos oficiais. A análise e a interpretação dos dados possibilitaram-nos confirmar a nossa hipótese de que a prática de AL permite que o estudante compreenda as dificuldades em lidar com aspectos linguísticos e, assim, possa desenvolver suas habilidades relativas à oralidade, à leitura e à escrita. Pelos avanços constatados nas reescritas das produções textuais avaliadas, os discentes demonstraram reflexão e entendimento sobre como funcionam os mecanismos linguísticos do gênero selecionado, além de uma mudança de atitude com relação ao seu próprio texto, ao revelar compromisso e tomada de consciência quando das reformulações para aprimorá-lo. Cremos que, a partir do nosso estudo, muitas outras propostas de pesquisa possam surgir, devido à relevância da prática de Análise Linguística para o ensino de língua materna. |