Impacto clínico da expressão do gene ID1 na leucemia promielocítica aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: ALCÂNTARA, Bruna Vasconcelos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Genetica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
ID1
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55582
Resumo: O inibidor de ligação ao DNA 1 (ID1) tem sido frequentemente associado com início e progressão de diversos tumores humanos. Na leucemia mieloide aguda, um crescente número de evidências sugere que a alta expressão desse gene pode afetar tanto a leucemogênese quanto o prognóstico dos pacientes. No entanto, pouco se sabe sobre o seu papel na leucemia promielocítica aguda (LPA), uma doença que, embora tenha um prognóstico favorável, um número significativo de pacientes ainda sofre recaída quando tratados com ácido all-trans retinóico (ATRA) e quimioterapia. Nosso trabalho investigou a importância clínica da expressão aberrante do gene ID1 em 226 amostras de medula óssea de pacientes com LPA tratados com ATRA e quimioterapia. Pacientes com alta expressão de ID1 tiveram uma menor sobrevida global (SG) (41%, intervalo de confiança, IC 95%: 28–54%), quando comparados aos pacientes com baixa expressão de ID1 (83%, IC 95%: 76–89%) (p<0,001). De forma semelhante, pacientes de alto risco (ou seja, aqueles com contagem de leucócitos>10×109/L) com alta expressão de ID1 apresentaram uma taxa de SG significativamente menor (23%, IC 95%: 8–42) do que aqueles com baixa expressão de ID1 (62%, IC 95%: 45–75) (p=0,0047). Deste modo, concluímos que a expressão aberrante do ID1 tem impacto prognóstico na LPA, pelo menos quando o tratamento é à base de ATRA e quimioterapia. Além disso, esses resultados podem ser úteis para refinar a estratificação de risco de acordo com o perfil molecular do paciente.