Memória em cinética de canais para potáasio ativados por cálcio em células de Leydig

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Regina Acacia Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5009
Resumo: Canais iônicos são proteínas que se encontram nas membranas biológicas. Essas estruturas protéicas podem assumir diferentes estados conformacionais, abertos e fechados, fenômeno este denominado de cinética de canais iônicos. A cinética das transições de um estado para o outro depende da barreira de energia potencial que separa os estados e pode ser controlada por campo elétrico, íons, substâncias químicas e outros agentes. Os tempos de permanências da proteína em cada um desses estados conformacionais têm sido modelados assumindo-se que este processo é Markoviano. Um modelo fractal também foi proposto para modelar a cinética de canal iônico (LIEBOVITCH et al., 1987). Neste trabalho utilizamos a análise R/S de Hurst para testar a correlação de longo alcance na cinética de um canal para potássio ativado por cálcio em células de Leydig. O coeficiente de Hurst H, um parâmetro que mostra a memória existente em um processo cinético (NOGUEIRA et al., 1995), foi calculado para um registro de um canal para potássio ativado por cálcio e encontrou-se um valor de H = 0,64 ± 0,064 (n=5), estatisticamente diferente daquele calculado para um processo sem memória. Neste trabalho, quando a análise R/S foi aplicada à seqüência temporal de aberturas e fechamentos obtida de um canal iônico simulado, usando-se os modelos Markoviano e fractal, mostrou-se que esses modelos não puderam descrever a correlação de longo alcance encontrada nos dados experimentais. Como conclusão, este trabalho mostra que: (i) tempos de permanência para aberturas e fechamentos do canal para potássio ativado por cálcio de células de Leydig apresentam correlação de longo alcance; (ii) os modelos Markoviano e fractal, que descrevem adequadamente as distribuições dos tempos de permanências do canal nos estados aberto e fechado, não são adequados para descrever a memória encontrada na cinética desse canal