Experiência convivial no ensino de Filosofia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Leandro Correia dos
Orientador(a): SILVA, Gildemarks Costa e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Filosofia (PROF-FILO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35823
Resumo: Este trabalho se concentrou no problema da relação entre a busca de um ensino de filosofia para a autonomia e o recurso à instrumentalidade da escola enquanto tecnologia hegemônica do educativo. Situamos o ensino de filosofia no contexto da escola enquanto tecnologia e desenvolvemos uma experiência alternativa deste tipo de ensino com base em uma compreensão de atitude filosófica que busca alterar, significativamente, a relação do aluno com o saber, de forma a desafiar a lógica escolar. Nesse sentido, o objetivo central deste trabalho envolveu desenvolver e analisar uma experiência convivial de ensino de filosofia enquanto construção subjetiva e processo de autoformação. A experiência foi desenvolvida no município de Tacaimbó, Pernambuco, entre os meses de fevereiro e junho de 2018. A experiência consistiu de oito encontros conviviais em diferentes espaços da cidade, quando foram tematizados diversos problemas filosóficos, conforme escolha por parte dos estudantes. Para a sua análise, foram elencados quatro eixos norteadores, quais sejam: autonomia, atitude filosófica, construção subjetiva e interesse. O referencial teórico do trabalho consistiu em autores da filosofia da tecnologia, do ensino de filosofia e da educação, tais como: Illich, Cerletti e Kohan. Houve o suporte no diário etnográfico e no memorial enquanto instrumentos de coleta de dados, os quais foram analisados com base em uma perspectiva hermenêutica. Houve a confirmação da hipótese de que a educação convivial promove o interesse e a autonomia do educando, uma vez que altera a sua relação com o saber. As análises evidenciaram que os estudantes desenvolveram na experiência uma atitude investigativa diante do saber e ampliaram significativamente o raio de ação pessoal. Nas experiências, os estudantes demonstraram interesse e participaram ativamente das atividades numa relação horizontal com o professor e demais participantes da experiência.