Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Mary Dayane Souza |
Orientador(a): |
ROAZZI, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Administracao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37855
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Resumo: |
Esta tese buscou conhecer a percepção sobre a Inveja, Bem-Estar subjetivo (BES) e saúde mental no ambiente de trabalho acadêmico de professores universitários de Instituições de Ensino Superior Públicas. As discussões trataram sobre a inveja como um estado negativo que tem influências destrutivas sobre os vários resultados relacionados ao contexto das organizações, do bem-estar subjetivo enquanto campo da psicologia que busca entender as avaliações das pessoas sobre suas vidas e, da saúde mental, especificamente, quanto a suas consequências diretas sobre a saúde e o absenteísmo do trabalhador. Portanto, julga-se necessário a emersão de estudos no Brasil no âmbito organizacional que congreguem as relações entre a inveja presente nos locais de trabalho relacionando-as com o BES e suas influencias na saúde mental dos indivíduos que compõem as instituições de ensino superior públicas, no intuito de direcionar ações que possam vir a aperfeiçoar as relações na área acadêmica. Para tal, definiu o objetivo de Examinar de que forma a inveja, o Bem-estar Subjetivo e a saúde mental docente se inter-relacionam e interagem e, de que modo cada uma das dimensões se correlacionam no local de trabalho dos professores de Instituições de Ensino Superior Públicas. Para a consecução deste propósito, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: (i) Identificar a percepção que os docentes detêm sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em seus locais de trabalho; (ii) Averiguar a forma como a inveja, bem-estar subjetivo e a saúde mental se relacionam no local de trabalho docente; (iii) Verificar se existem diferenças significativas nas dimensões inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em função do sexo, idade, instituição, tempo de docência, vínculo profissional e formação; e, (iv) Avaliar a eficácia preditiva dos construtos bem-estar subjetivo e saúde mental na inveja no local de trabalho de professores universitários. O percurso metodológico envolveu a necessidade de adotar duas abordagens distintas entre si, uma qualitativa e outra quantitativa com 176 professores universitários. No Estudo I, objetivou-se explorar, sob um enfoque qualitativo, com o uso do software IRAMUTQ, a percepção dos docentes sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental. Os pesquisados responderam a um questionário com perguntas abertas do tipo associação livre de palavras. Os resultados das análises de classificação hierárquica descendentes mostraram seis classes relacionadas aos construtos em estudo (Inveja tóxica, Inveja dolorosa, Cuidado mental, Equilíbrio, Aspectos desejável e Qualidade de Vida). O Estudo II teve como objetivo verificar a relação entre Bem-Estar Subjetivo e Saúde mental com a Inveja, bem como desenvolver modelos explicativos dessas, no intuito de atender os demais objetivos. Por meio dos seguintes instrumentos: Escala de Inveja Disposicional (DES) desenvolvida por Smith et al., (1999) e validado no Brasil por Milfont e Gouveia (2009), a Escala Bem-Estar Subjetivo (EBES) proposta e validada no Brasil por Albuquerque e Tróccoli (2004) e a Escala de Saúde Mental (SF-36). Foram realizadas análises descritivas, de correlações, escalonamento multidimensional e de regressão múltipla. Em linha gerais, os resultados indicam que quanto mais inveja mais emoções negativas e, consequentemente, menos satisfação com a vida, emoções positivas, vitalidade e saúde mental percebe-se nos docentes em seus locais de trabalho. O modelo explicativo da inveja a partir de afetos negativos e satisfação com a vida, apresentou indicadores de ajuste satisfatórios [F (1,174) = 35.36; p =.001] e [F (1,173) = 6.068; p = .015] respectivamente, que indicam sua adequação. Diante desses resultados, acredita-se que os objetivos da tese tenham sido alcançados, uma vez que foram exploradas a percepção acerca da inveja, bem-estar subjetivo e Saúde mental, e conhecida as relações entre esses construtos. Decerto, estes achados contribuem para a literatura sobre a temática no contexto brasileiro. Por fim, acredita-se que as instituições públicas de ensino superior, devem repensar o ambiente acadêmico introduzindo possíveis medidas para lidar com a inveja nos locais de trabalho e com isso vir a minimizar seu impacto futuro sobre o Bem-estar subjetivo e a saúde mental docente. Recomenda-se assim, realizar mais pesquisas longitudinais e estudos de grupo que possam vir fortalecer ou impedir a escalada do processo de inveja no ambiente de trabalho acadêmico. |