Estrutura da comunidade de Scarabaeinae (Coleoptera: Scarabaeidae) em três ambientes de Caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MARCELINO, Julliana Wellen Barretto
Orientador(a): IANNUZZI, Luciana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14981
Resumo: A Caatinga, ecossistema exclusivamente brasileiro, é caracterizada por um mosaico fitofisionômico e peculiaridades meteorológicas, abrigando parte importante da biodiversidade do planeta, com altos níveis de endemismo. No entanto, a Caatinga é considerada a região natural brasileira menos protegida, estudada e conhecida, sob aspectos ecológicos e científicos. O objetivo do estudo foi caracterizar e comparar a estrutura da comunidade de besouros Scarabaeinae ao longo da variação fisionômica em um mosaico de Caatinga do Boqueirão da Onça – Bahia, considerando três diferentes fisionomias: 1) Caatinga com elementos do Cerrado; 2) Caatinga; e 3) Grota com afloramentos rochosos ou florestada. As coletas foram realizadas na estação chuvosa, nos anos de 2013 e 2014, quando foram escolhidos três pontos de coleta, equidistantes no mínimo 2000m, para cada fisionomia. Em cada ponto de coleta foi instalado um transecto com 10 armadilhas de solo (“pitfall”), dispostas alternadamente e distantes 20 m entre si. Destas, cinco armadilhas foram iscadas com fezes humanas e cinco com baço em decomposição. Cada transecto permaneceu em campo por 48hrs. As comunidades foram analisadas através da abundância, riqueza e composição de espécies entre as fisionomias, e comparadas em relação ao ano de coleta e ao tipo de isca. Foi capturado um total de 1073 indivíduos, pertencentes a 14 espécies e oito gêneros. Desses, 316 indivíduos (12 espécies) foram coletados no Cerrado, 271 (9 espécies) na Caatinga e 486 indivíduos (10 espécies) capturados na Grota. Das 14 espécies registradas, seis foram compartilhadas pelas três fisionomias, porém no Cerrado duas foram exclusivas, enquanto que a Caatinga e a Grota apresentam uma espécie exclusiva. A variação fisionômica não influenciou a abundância (F= 1,095; p=0,360), a riqueza (F=3,123; p=0,073) e a composição de espécies, como observado no NMDS e confirmado pelo ANOSIM (global R = 0,10, p = 0,11). No entanto, as comunidades variaram quando comparadas entre os anos de coleta e entre os tipos de isca. Embora os ambientes apresentem diferenças fisionômicas, esta variação não foi suficiente para alterar de maneira significativa os parâmetros ecológicos das comunidades de besouros escarabeíneos.