Estudo teórico conformacional da delta-toxina e teórico-experimental da interação de complexos de cobre-base de Schiff com o canal iônico da alfa-toxina de Staphylococcus aureus/

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MELO, Maria Carolina de Araújo
Orientador(a): RODRIGUÊS, Cláudio Gabriel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17167
Resumo: O Staphylococcus (S.) aureus é responsável por inúmeros casos de infecções em animais e seres humanos. Essa bactéria secreta uma grande variedade de exoproteínas, incluindo quatro hemolisinas: alfa, beta, gama e delta. A atividade hemolítica da alfa-toxina (α-HL) se deve a formação de poros em membranas celulares. A α-HL é um monômero solúvel em água, que se torna mais estável ao se oligomerizar e formar poros heptaméricos transmembranares. Devido sua importância na patogênese bacteriana, essa proteína tem sido alvo de estudos no desenvolvimento de agentes terapêuticos. Sabe-se que os compostos de base de Schiff têm apresentado significativos resultados em testes de atividade biológica, incluindo antibacteriana. Neste contexto, avaliou-se a atividade de complexos de cobre-base de Schiff no bloqueio de poros da α-HL de S. aureus. Simultaneamente, foram realizados estudos conformacionais da δ-toxina em solução aquosa. Experimentos com eritrócitos de coelho expostos a α-HL foram utilizados na seleção dos compostos. Membranas lipídicas planas artificiais com canais individuais de α-HL, em condições de fixação de voltagem, foram utilizados para entender o mecanismo de ação dos compostos. Finalmente, avaliou-se através de docking molecular a interação entre os compostos e o canal de α-HL, visando corroborar o mecanismo de bloqueio. No estudo da δ-toxina, dinâmica molecular foi usada para determinar sua conformação em solução aquosa. Observou-se que os complexos de cobre inibiram parcialmente a atividade hemolítica da α-HL, devido ao bloqueio parcial dos canais desta toxina. O mecanismo molecular desse bloqueio ocorre pela interação dos compostos com a região de constrição do poro. Observou-se ainda que a δ-toxina em solução aquosa apresenta de 5 a 14 resíduos enovelados. Sugere-se que os complexos de cobre são potenciais candidatos a futuros agentes coadjuvantes no tratamento de infecções por S. aureus.