Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
DOURADO, Rodrigo Carvalho Marques |
Orientador(a): |
PRYSTHON, Ângela Freire |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3136
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Resumo: |
Este trabalho analisa o programa de televisão Papeiro da Cinderela, produzido e veiculado pela TV Jornal do Commercio de Pernambuco, tendo como apresentador o ator-transformista Jeison Wallace, intérprete da personagem Cinderela . Essa personagem surgiu no cenário teatral pernambucano em 1991 e, desde então, estabeleceu um permanente diálogo com os veículos de comunicação do estado, passando a comandar uma atração diária na programação daquela emissora a partir de 2005. O objetivo desta pesquisa é investigar como se configuram, no Papeiro da Cinderela, as representações identitárias de gênero e sexualidade sem perder de vista os discursos de classe, raça e etnia tendo em vista a presença tensionadora de um transformista, habitante de um entrelugar sexual, no seu comando. Almejamos mostrar como as estratégias parodísticas, mímicas, camp e cômicas utilizadas pelo programa em questão trabalham no registro da ambivalência, reforçando a norma discriminatória e, ao mesmo tempo, rompendo-a. Dessa maneira, buscamos superar a análise positiva ou negativa das representações em jogo, observando como se articula um discurso dentro do estereótipo revelando suas insuficiências, seus esgotamentos, tensionando-o sem descartá-lo. Discurso queer tecido nas entrelinhas, na fronteira, que não pretende fixar as identidades, mas permitir seus fluxos, seus trânsitos. E cujo caráter transgressor não está na rejeição das representações canônicas da alteridade, mas na apropriação e nos deslizamentos de sentido promovidos no interior delas |