Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SALES, Cíntia Virgínia |
Orientador(a): |
ANDRADE, Juliana Alves de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Profissional em Ensino de História em Rede Nacional (PROFHISTÓRIA)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40669
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Resumo: |
Os diversos estudos que analisam as repercussões dos 21 anos da ditadura civil-militar brasileira refletem algumas conclusões sobre o apagamento, o silenciamento ou o esquecimento desse período em nossa sociedade. A política de silenciamento perpetrada como braço da Doutrina de Segurança Nacional desdobrou no desconhecimento das engrenagens que favoreceram o Golpe de 1964, desde sua consolidação até sua manutenção. Entretanto, apesar da política do esquecimento, grupos da sociedade em suas microesferas de atuação política promoveram espaços de sociabilidade para discutir a ditadura civil-militar (1964-1985). O projeto que desenvolvemos na Escola Técnica Estadual Agamemnom Magalhães, localizada em Recife, Pernambuco, soma-se às ações encontradas para tratar da temática sob o olhar da História e do Ensino de História. Defendemos que o projeto de trabalho desenvolveu aprendizagens significativas e aprimorou a consciência histórica sobre a Ditadura Civil-Militar ocorrida no Brasil. Argumentamos ser possível no espaço escolar desconstruir narrativas produzidas pelo governo vigente na época de que foi necessária a “substituição” do presidente democraticamente eleito por parte dos militares, caso contrário se consolidaria no lugar uma ditadura de esquerda, portanto o que se estruturou no Brasil foi uma Revolução e não uma ditadura; que os “excessos” cometidos por militares ou civis em comprimento da ordem foi decorrência da “guerra suja”; ou ainda que os subversivos tinham igualdade de forças, portanto, tinha-se que combatê-los de forma enérgica. O projeto que executamos na escola foi no sentido de combater o que Bauer (2011) denominou de privatização da memória, ou seja, a política do silenciamento das práticas de terror do Estado e da cultura do medo que vilipendiou e violentou diretamente a vida dos presos políticos, dos mortos e “desaparecidos”, dos torturados e de seus familiares, mas que indiretamente atingiu boa parte da população. Ou seja, tratar sobre a ditadura civil-militar brasileira na escola, é tratar sobre quem somos hoje e quais marcas temos dos 21 anos de violência cometidas nos diversos âmbitos da sociedade. Tal violência não se direcionou apenas aos insurgentes, mas à população que estava sobre a lógica vivenciada no Cone Sul da América Latina. Baseados nos estudos de Hernandez (1998) sobre projeto de trabalho e de Moreira (1997; 2003; 2011) sobre a Teoria da Aprendizagem Significativa realizamos um estudo de caso de tipo etnográfico com os quais fundamentaram a elaboração desta dissertação, bem como da Proposta Pedagógica de Discussão sobre 1964 na Sala de Aula. Concluímos que o projeto de trabalho que executamos favorece a aprendizagem significativa de estudantes do Ensino Médio sobre a temática. |