Uma live com hackers : a relação entre confiança na mídia, nas eleições e a participação política

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LESSA, Maria Eduarda Regueira Navarro
Orientador(a): PAVÃO, Nara de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencia Politica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44223
Resumo: Esta dissertação busca analisar se a confiança em duas instituições que são alvo frequentes de ataques - a mídia e as instituições eleitorais -, está associada à participação política. O estudo da retórica da elite política que tem como objetivo fomentar o descrédito dos eleitores para com instituições próprias do regime democrático não é um assunto novo, apesar de pouco explorado através de abordagens empíricas; no entanto, as poucas evidências disponíveis apontam que esses discursos são capazes de moldar os níveis de confiança que os indivíduos depositam nas instituições. Motivada por essa linha de pesquisa, por demais estudos que apontam para a relevância da confiança no comportamento dos eleitores e por um contexto em que membros da elite política brasileira empregam o tipo de retórica aqui mencionada, esse estudo testa a relação entre a confiança nessas instituições e diferentes formas de participação. É encontrado que eleitores que confiam menos nessas instituições apresentam maior probabilidade de engajarem-se em formas “contestatórias” de participação, tais como o voto inválido (branco ou nulo) e a participação em protestos. Ademais, é observado que a confiança na mídia está fortemente relacionada à frequência de busca por informação, seja através de mídias alternativas ou tradicionais. A confiança na mídia se mostra, portanto, um fator essencial para a formação de cidadãos factualmente informados e que são essenciais, do ponto de vista normativo, para o bom funcionamento de uma democracia.